Moraes que estava no Juventude na temporada passada, disse aos investigadores que recebeu 25 mil reais para levar dois cartões amarelos em jogos contra o Palmeiras e o Goiás. Os dois duelos foram jogados nas 26.ª e 36.ª jornadas do Campeonato Brasileiro de 2022, respetivamente. O lateral atua hoje pela Aparecidense-GO.

"Eu sabia que era errado. Fiquei muito arrependido. Mas foi no momento que realmente estava a precisar. Eu e a minha esposa", contou Moraes em depoimento ao MP-GO.

Kevin Lomónaco, central argentino de 21 anos do Red Bull Bragantino, foi outro atleta que confessou ter recebido dinheiro para levar um cartão amarelo. Segundo o defesa, foi combinado que receberia 70 mil reais se levasse um cartão amarelo na partida contra o América-MG, na 36.ª jornada do último Brasileirão. Lomónaco ainda revelou que só recebeu 30 mil pelo cartão recebido.

"Levei amarelo somente porque achei que não era algo que prejudicava a equipa. Achei que era algo normal e nem pensei que era crime ou algo assim. Foi como falei, não perguntei nada para ninguém, fiz assim por fazer, aí num momento, foi um dia rápido aí, somente", assumiu Lomónaco.

Os dois atletas fazem parte do grupo de quatro jogadores que fizeram acordo com o MP-GO para se tornarem testemunhas da Operação Penalidade Máxima. Nikolas Farias, médio do Novo Hamburgo-RS, e Jarro Pedroso, avançado do Inter de Santa Maria-RS, são os outros dois que admitiram receber dinheiro no esquema de manipulação.