Marcus Thuram: O Inter, o pai Lilian, o "avô" Cannavaro e as chuteiras de Messi

Publicidade
Publicidade
Publicidade
Mais
Publicidade
Publicidade
Publicidade
Marcus Thuram: O Inter, o pai Lilian, o "avô" Cannavaro e as chuteiras de Messi
Marcus Thuram, avançado do Inter Milão
Marcus Thuram, avançado do Inter MilãoProfimedia
Em entrevista à DAZN, Marcus Thuram, avançado francês do Inter Milão, abordou a atualidade do clube italiano, falando também de si próprio de um ponto de vista mais pessoal e menos conhecido dos adeptos.

Estas são as passagens mais importantes da entrevista dada a à DAZN por Marcus Thuram, o avançado francês do Inter que já fez os adeptos nerazzurri esquecerem Romelu Lukaku.

Banda desenhada: "Quando era miúdo, gostava muito de Dragon Ball, na televisão. Depois descobri os livros de banda desenhada. Eu e os meus primos começámos a comprá-los todos, até outros mangas".

Chegada a Milão: "Quando cheguei, não pensei no impacto que poderia ter, pensei em integrar-me o melhor possível. Saber italiano era mais fácil. Sabia que a equipa já era muito forte, queria integrar-me no jogo. Taticamente, melhorei muito desde que estou aqui."

O golo no dérbi: "Num recomeço de jogo, o Lauti lançou o Denzel em profundidade, eu fui recuperar a bola e depois vi que o Thiaw não me atacou logo e fiz pontaria. No um contra um, tive tempo para rematar e marquei. Quando fecho os olhos e penso no jogo, lembro-me da entrada em campo com as duas coreografias, um momento especial. A semana foi normal, penso nos jogos e no trabalho. Perguntei um pouco ao Mkhitaryan, mas eles não me quiseram contar muito porque disseram 'vais ver...'".

Exultação: "Quando marquei contra a Fiorentina, senti-me assim porque todos os jogos em San Siro têm um barulho incrível. Talvez, de todos os golos que marquei, o que mais gostei foi aquele contra a Roma. Era um ambiente especial. Aproveitei o tempo para desfrutar da alegria. Aquele do Dimarco? Tinha-o visto no BMG, foi lindo e ficou-me na memória. Então eu queria fazer com ele porque era uma exultação linda. Quando tentei imitá-lo com Lautaro, ele não gostou. Disse-me qualquer coisa depois, mas nada em particular.... Aquele com a mão na cabeça? Antes do Benfica eu tinha dito ao filho do Henry que se marcasse um golo faria aquilo e ele mostrou-me."

Final do Mundial: "Um jogo espetacular, dizem-me os que o viram de fora. Para mim, por dentro, um pouco menos, mas a vida é assim. Os jogos ganham-se e perdem-se. Penso nisso muitas vezes, não consigo evitar. Queremos voltar um dia, posso pensar nisso, mas não podemos mudar o que aconteceu."

O ídolo Karim: "Benzema é 100 por cento uma inspiração para mim. Joga como 9, mas também como 10, ou como extremo. Em todas as zonas do campo, consegue trazer uma solução para a equipa e é esse tipo de 9 que eu quero ser. Ele deu-me muitos conselhos, mas não me parece que seja o melhor. Ele deu-me muitos conselhos, mas o mais importante é respeitar o jogo: rematar se tiver de rematar, passar se tiver de passar. É preciso ter sempre a resposta certa".

Inter: "O primeiro a falar comigo? Dimarco, disse-me que estava à minha espera há dois anos. O Inter era um sentimento que eu tinha dentro de mim. Eu tinha-me magoado dois anos antes, quando estava perto do Inter. Magoou-me muito porque eu já tinha imaginado estar aqui. Eu queria vir para cá. Era um dos últimos dias do mercado, eu tinha estado a falar com o Inter toda a semana. Pensei que iria para o Inter, mas lesionei-me na primeira parte e fiquei no Borussia. Não me apercebi logo que era grave. Continuei a jogar durante cinco minutos e depois parei porque estava a sentir dores, mas não pensei que fosse grave. O Inter sempre me apoiou, são pessoas boas e respeitadoras e, por isso, era óbvio para mim vir para o Inter".

Itália: "De que é que me lembro quando era criança? De muitas coisas, ia para o parque, brincava. Fui ao estádio em Turim. Era bonito estar em Itália quando era criança. Tenho uma fotografia de criança com o Federico Chiesa em Parma. Tenho uma boa relação com o Weah, falo com ele muitas vezes".

Pai Lilian: "Quando ele ganhou o Campeonato do Mundo, eu ainda não tinha um ano de idade. É uma coisa incrível para ele, eu só soube aos 10/11 anos quem era realmente o meu pai. Não vi Lilian Thuram, vi o meu pai. No início, ele não queria que eu fosse jogador de futebol, mas depois viu que eu adorava futebol. Ele ajuda-me sempre depois dos jogos. Fica a ver os jogos. Gosto dele, faz-me aprender depressa. É muito rigoroso, mas é melhor assim, porque tem de me dizer o que fiz de errado. Quando marco golos e ele me vê a sorrir, diz-me 'calma, vou explicar-te duas ou três coisas'".

"Avô" Cannavaro: "O pai e o Cannavaro têm sempre ma provocação. Se eu marco um golo, eles dizem que se eles estivessem em campo eu não teria marcado. Então eu digo-lhes: 'avô, acalma-te e fica em frente à televisão'".

As botas de Messi: "Eu tinha dez anos e um dia no treino estava lá o Messi, que tinha 19 ou 20 anos. Era a altura depois do treino, em que até as crianças podem entrar. Tinha-me esquecido das chuteiras, o Messi era o jogador mais próximo do meu tamanho. Eu calçava o 38 anos e ele o 40-41. Ele deu-me as chuteiras para jogar e depois disse-me que podia levá-las para casa. No dia seguinte, fui ao futebol e dei as chuteiras a um amigo, porque não sabia quem era o Messi. Arrependi-me disso todos os dias."

Ronaldo, o Fenómeno: "Um ídolo. Em criança, tinha uma manta que nunca queria largar. A minha mãe queria tirar-ma e eu não queria, então ela disse-me que tinha de a dar ao Ronaldo e eu dei-lha. Não sei onde é que foi parar."