Pressionado pelos adeptos, que o chamaram de "burro" após o jogo contra o Goiás, Bruno Lage deixa o clube com o qual tinha assinado contrato até dezembro deste ano. Depois de assumir o Botafogo com 10 pontos de vantagem na liderança do Brasileirão, o técnico luso viu a margem para o segundo classificado cair para sete pontos.
A gota de água para a demissão foi a decisão de não escolher Tiquinho Soares, melhor marcador do campeonato, para o onze. O atacante começou a partida contra o Goiás no banco, preterido por Diego Costa. O camisola 9 entrou no segundo tempo e fez o golo do Botafogo que garantiu o empate (1-1).
"Apesar do início do treinador, com 10 jogos de invencibilidade, os últimos resultados não foram os esperados. Como família, o Botafogo vai procurar de momento soluções dentro de casa. O clube segue com confiança inabalável e firme no propósito da temporada com o suporte incansável de uma legião de alvinegros apaixonados", declarou o Botafogo em nota oficial.
O Alvinegro informou que o adjunto Lúcio Flávio e Joel Carli, assumem o comando interino da equipa. A dupla deve estar à frente do Botafogo no clássico contra o Fluminense, no domingo, no Maracanã.
Lage permaneceu no comando do Botafogo por 15 jogos, com quatro vitórias, sete empates e quatro derrotas. A rescisão do técnico vai custar cerca de 4 milhões de reais ao clube (738 mil euros).
O timoneiro luso chegou ao Botafogo para render o compatriota Luís Castro, que decidiu deixar o clube carioca para ser o técnico do Al Nassr, de Cristiano Ronaldo, na Arábia Saudita.