Lage iniciou a conferência de imprensa após um comunicado do diretor executivo de futebol do Botafogo, André Mazzuco. O dirigente classificou o golo anulado como "um erro capital e inaceitável da arbitragem" e afirmou que espera a "o rigor adequado" no campeonato até o fim.

"Eu reforço a posição do diretor André Mazzuco e vou meter mais o dedo na ferida. Cheguei aqui há dois meses, e sinto que há critérios muito diferentes noutro tipos de jogos. Dá a sensação que se quer que o campeonato continue animado até o fim", disparou Bruno Lage.

"Já vi muitos lances de outros VARs em outros jogos com critério completamente absurdo, e o que aconteceu nos últimos dois jogos prejudicou-nos. O VAR veio para ajudar, e lamentavelmente têm acontecido muitos erros. E não é só nos nossos jogos. São em outros jogos, que de alguma forma têm contribuído para a classificação continuar equilibrada. Muitas coisas duvidosas, lances inexplicáveis, que têm beneficiado e prejudicado equipas."

O lance reclamado pelo Botafogo ocorreu aos 43 minutos do segundo tempo. Diego Costa estava fora de jogo no cruzamento de Luís Henrique, mas não tocou na bola. Após o ressalto em Mauricio Lemos, o atacante apanhou a sobra e marcou. O VAR analisou o lance e manteve a decisão. Na interpretação da arbitragem, Costa interferiu em posição irregular.

"Por mais que o Bruno Pires, assistente, tenha tentado explicar com toda a educação, não nos convence. Tivemos um lance contra o Flamengo em que o autogolo de Marlon Freitas não foi anulado mesmo com o Bruno Henrique fora de jogo. Nós conversamos com a CBF, e hoje (sábado) é um outro critério", afirmou André Mazzuco.

O golo anulado de Diego Costa aconteceu pouco depois do Atlético Mineiro abrir o marcador. Num jogo morno, o Botafogo não teve um remate enquadrado. Apesar da derrota, a equipa de Bruno Lage segue na liderança isolada do Brasileirão, sete pontos à frente do Palmeiras. Na próxima sexta-feira, o Glorioso visita o Corinthians na Neo Química Arena.