Não é certamente o início de época que os adeptos da Salernitana esperavam. Dez jogos, nenhuma vitória e a pior defesa do campeonato é o primeiro balanço da equipa Granata, que nesta altura tem necessariamente de inverter o rumo para poder competir na luta pela salvação.
No entanto, a época tinha começado com a manuntenção de Dia, apesar do interesse tardio do Wolverhampton e da resposta ríspida do dirigente De Sanctis, mas sobretudo com um convincente empate (2-2) no terreno da Roma que parecia ter projetado o ambiente para um campeonato completamente diferente.
Zero vitórias no campeonato significa que os Granata até agora não conseguiram obter os três pontos em todos os seus jogos em casa: se o 0-4 contra o Inter com um Lautaro Martinez selvagem é de certa forma admissível (mesmo que o marcador estivesse 0-0 até a hora de jogo), certamente menos a derrota com o Torino (0-3) e os empates contra Frosinone, Udinese e Cagliari, três rivais na fuga à despromoção.
Azares
A estes resultados juntam-se as prestações com Empoli, que marcaram primeiro golo e somaram a primeira vitória da época diante da Salernitana, e o desaire com o Monza, que custou o lugar a Paulo Sousa.
Dois jogos em que as falhas da equipa da Campânia foram agravadas por uma boa dose de azar. E mesmo no primeiro jogo fora de casa com o novo treinador, Filippo Inzaghi, uma bola na trave de Mazzocchi na final negou a possibilidade de conseguir um empate que poderia ter sido bom no relvado de Génova.
As causas
É provável que a equipa esteja a sofrer mais do que o esperado com as saídas de Piatek, Vilhena, Bonazzoli e Nicolussi Caviglia, que foram substituídos por uma série de apostas de risco como Martegani, Tchouna, Legowski e Ikwuemesi, neste momento incógnitas com pouco impacto.
A situação de Dia também pode ter tido influência: o senegalês continua a ser o melhor da equipa, depois da façanha da época passada e apesar da sua ausência em setembro, mas neste momento parece pouco convincente em comparação com a versão a que habituou toda a gente.
O futuro
A sensação é que, apesar da mudança de técnico, a subida da Salernitana não será fácil, embora os adversários sejam absolutamente alcançáveis e o campeonato ainda muito longo.
O calendário apresenta imediatamente o derby no "Arechi" com o Nápoles e depois, antes do Natal, uma série de desafios que são tudo menos fáceis contra Sassuolo, Lazio, Fiorentina e Bolonha.
Não se pode excluir que o ambicioso presidente decida investir em janeiro se a situação não melhorar, mas certamente que os adeptos não deixarão de acreditar na salvação, já miraculosamente agarrada há dois anos sob a gestão de Nicola (e com a cumplicidade do suicídio do Cagliari).