"A Superliga? Não estou a dizer isto por ser presidente da LaLiga, mas o sentimento de pertença no futebol continua a ser muito importante. Com a Superliga arriscamo-nos a destruir as ligas nacionais", analisou o dirigente espanhol, à margem da Cimeira do Futebol Social em Roma.
"Os clubes nunca antes tiveram a oportunidade de chegar aos adeptos de todo o mundo através de um tweet ou de um vídeo no TikTok. A forma como vemos o futebol mudou. Temos de explorar esta tendência para não a perdermos no futuro. Como está a evoluir a forma de acompanhar o futebol? Estamos numa situação de stress, de crise, mas também de grandes oportunidades para a indústria", continuou o executivo espanhol.
O potencial da Série A
De acordo com Tebas, se há uma liga que pode aproximar-se da Premier League no futuro, essa liga é a Serie A italiana.
"Não existe uma base tão sólida no resto da Europa, mas temos de trabalhar para a reforçar. Em Itália, há um grande problema de fair-play financeiro interno: para fazer parte de uma grande competição é preciso ser economicamente viável, mas há presidentes que continuam a deixar o dinheiro nos seus clubes. Não existe um projeto de crescimento, de investimento em infra-estruturas. Precisamos de melhorar a perceção da Série A no estrangeiro", explicou.
Tebas também não poupa críticas ao PSG: "Há operações na Europa que não são muito claras, como a venda de Verratti no verão por 40 milhões a um clube do Catar. São pistas que nos levam a ter de salvar o fair play Financeiro da UEFA".