Thiago Motta compareceu na sala de imprensa, na véspera do jogo que vai opor o Bolonha à Udinese no Dacia Arena, no sábado às 14:00.
"É sempre mais agradável trabalhar com esta atmosfera positiva, com a consciência da nossa força e da razão pela qual estamos aqui neste momento. Cada ponto é conquistado em campo, nos treinos, e agora só o próximo é que conta", começou por dizer Thiago Motta.
"Faço parte de um grupo que está a fazer as coisas bem até agora. Continuar assim, com este espírito, com esta solidariedade de equipa que é o mais importante neste momento: concentrar-se no próximo jogo com a Udinese", acrescentou o treinador, antes de falar sobre os jogadores disponíveis.
As convocatórias
"Karlsson precisa de um pouco mais para regressar ao grupo. Soumaoro é um exemplo, porque está desaparecido há muito tempo, mas tem vindo sempre todos os dias. Nem sempre é óbvio, chega primeiro e sai por último, estamos todos a tentar contê-lo, porque ele quer sempre fazer mais... estaremos de braços abertos para o receber. Será o médico que avaliará o seu regresso, nós avaliaremos o seu momento, a partir de hoje não sei quando regressará, mas sei que, quando o fizer, ajudará a equipa. Kacper Urbanski está muito bem, Orso jogou 15 minutos com a Atalanta... veremos no próximo jogo", explicou Thiago Motta.
"Lucumi, lateral-esquerdo? Pode ser, o Kristiansen esteve doente alguns dias na semana passada, por isso preferi utilizar o Jhon, também para uma definição do nosso jogo, ele pode dar-nos muito, tanto a jogar fora como dentro. É uma alternativa extra. O Kristiansen está bem, o Lucumi está bem, o Calafiori também pode jogar ali... vamos ver", acrescentou.
"Freuler integrou-se muito bem no grupo, tem situações muito importantes no campo, precisávamos dele, pode ajudar muito os seus companheiros", disse ainda Thiago Motta.
"Tenho pena do Ndoye, pois ele trabalha sempre bem, no grupo é fantástico, dá aos colegas a vontade de estar ao lado dele, mas não é só dentro do campo. É um jogador puramente exterior, não só a driblar, mas também a cruzar, a chegar à linha de fundo. Tenho pena que fique de fora durante algum tempo para recuperar, pois já está a dar o seu melhor, é um grande profissional, espero tê-lo de volta ao grupo o mais rapidamente possível porque é muito importante dentro e fora do campo", lamentou o treinador do Bolonha.
Elogios à Udinese
"A Udinese é uma equipa muito sólida, no ano passado, em Udine, nos primeiros 15 minutos tivemos muitas dificuldades e podíamos ter perdido por dois golos. É uma equipa muito física, com grandes jogadores, como Samardzic, por exemplo. Estamos prontos para fazer o nosso jogo e tentar levá-lo para o nosso lado", explicou Thiago Motta.
"Respeito muito a Udinese, pelo que fizeram, em geral, compreendo os vossos pensamentos, mas penso neste jogo, em tentar fazer o melhor possível. Prefiro ficar no momento: é bom, a Udinese está a chegar, temos de dar o nosso melhor", sublinhou o técnico.
Marcar golos
"Não tenho um método, o período positivo permite-nos dar os passos certos como temos feito desde o primeiro dia, o estado de espírito positivo ajuda. Não sou hipócrita, mas tenho consciência de que estamos neste momento, compreendo por que razão estamos aqui, mas, de qualquer forma, tento melhorar para continuar, não podemos parar, não podemos adormecer. Empenho máximo, pela camisola, pelos nossos adeptos", assumiu Thiago Motta, que falou igualmente dos lances de bola parada.
"Os livres são uma situação em que podemos mudar o jogo, de certeza. Com a Atalanta, a bola parada mudou o jogo, mas já o podia ter mudado antes. Parabéns à Atalanta pela forma como nos levou para o seu jogo, frustrou-nos ao deixar-nos ficar com a bola mas sem conseguir concretizar na primeira parte. Nos contra-ataques, prejudicaram-nos. Temos de melhorar isso de certeza, temos de levar o jogo para onde queremos", explicou.
"Tudo é importante, faz parte do jogo, há equipas que, mesmo sem estatísticas, vê-se que são fortes nessas situações, como a Roma, por exemplo. Atenção e concentração para levar o jogo para o nosso lado. Precisamos de todos, como sempre, para dar o nosso melhor", acrescentou o treinador do Bolonha, antes de abordar o mercado de janeiro.
"Já sabemos o que fazer a nível interno, está tudo muito claro. Mas agora é ir para Udine. A minha renovação? Se houver novidades, vocês saberão", afirmou.
Di Vaio no Zirkzee
Entretanto, numa entrevista à Gazzetta dello Sport, o diretor-geral dos Rossoblu, Marco Di Vaio, fez questão de sublinhar que a cláusula de 40 milhões inserida no contrato de Joshua Zirkzee "só se aplica ao Bayern. Para os outros clubes, o preço é livre. Nenhum jogador de topo sairá do Bolonha em janeiro", garantiu.