Houve uma altura em que a inimizade entre o Real Madrid e o Barcelona estava no auge. Houve mesmo duas fases no século atual, com Portugal a desempenhar um papel importante em ambas: a saída de Luís Figo para a capital, que provocou a ira dos adeptos culés, e o período de tensão com José Mourinho no banco do Santiago Bernabéu. 

A tensão entre os dois clubes era máxima, uma situação que agora pertence ao passado. O rótulo de "eterno rival" viverá para sempre, mas as confusões dessa altura já não se vêem há muitos anos. Também é verdade que os holofotes não estão tão virados para a LaLiga, ou pelo menos não tanto como quando Cristiano Ronaldo e Messi disputavam a Bola de Ouro numa batalha particular sem outros convidados.

Carlo Ancelotti e Xavi Hernández, que têm uma boa relação, tiraram a fotografia obrigatória na véspera do jogo - ao lado do título e com as camisolas. Minutos antes de tirarem essa fotografia, o italiano elogiou a figura do seu homólogo. "A carreira dele já é muito boa. O facto de ter sido um dos melhores médios do mundo ajuda-o muito. Acho que ele está a ir muito bem", disse à imprensa.

O treinador de Terrassa foi depois questionado sobre Ancelotti e respondeu: "Penso que é um dos melhores treinadores do mundo e da história. Triunfou em todos os países por onde passou, deixando a sua marca. Ninguém fala mal dele. Acho que é um cavalheiro. Tenho um respeito extraordinário por ele. Semelhanças? Éramos ambos médios. As ideias e as metodologias são diferentes".