Artur Jorge: "Extremamente contente por poder contribuir para a história do SC Braga"

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Artur Jorge: "Extremamente contente por poder contribuir para a história do SC Braga"
Artur Jorge analisa triunfo na Taça da Liga
Artur Jorge analisa triunfo na Taça da LigaLUSA
Leia abaixo as declarações do treinador do SC Braga que conquistou a terceira Taça da Liga do clube este sábado, ao vencer o Estoril nas grandes penalidades por 5-4, depois de um empate 1-1 no tempo regulamentar.

Recorde aqui as incidências do encontro

Olhos de cansaço ou emoção: "Estes olhos são de emoção, cansaço também pelo desgaste, mas de emoção só pela satisfação de conquistar um título para o SC Braga. É muito gratificante, estou extremamente contente por poder contribuir para a história do SC Braga".

A quem dedicou: "Estava à procura da minha mulher, filhos e netos, estavam todos aqui hoje a torcer e a sofrer e agora a festejar".

Sensação após último penálti: "Foi uma sensação de alívio, as coisas estavam difíceis, tivemos um jogo muito repartido em que as forças se equilibraram em muitos momentos. Os penáltis são sempre um momento de grande tensão, desgasta muito mais do que os 90 minutos. Está tudo ali, não há margem de erro, não podemos falhar. Felizmente treinamos, insistimos e felizmente os nossos primeiros cinco homens fizeram golo, muito importante para criar desconforto no adversário e algum desequilíbrio emocional".

Grupo: "Percebo que ninguém goste de sair, quando jogava também não gostava e sei o que é ser substituído numa final da Taça. Mas tudo isso supera-se com as conquistas e união como grupo, que tem sido extraordinário. O mês de janeiro começou difícil, mas o percurso não pode ser avaliado por uma ou duas semanas. Já nesta temporada fizemos coisas muito boas, portanto também fruto da capacidade do grupo e dos homens que tenho à minha disposição. Conseguimos estar mais perto do sucesso pelo que fazemos, mas há um fator determinante que é o que somos como homens. O que vimos na meia-final e na final, esta determinação, podemos ser um todo".

Querer das equipas: "Não se costuma ver uma final muito desequilibrada porque as equipas sabem que aquele é o momento. Hoje tivemos mais um jogo equilibrado, esse querer de que fala é determinante para a competitividade que queremos meter no jogo, não só nas finais, mas em todos os jogos".

Gerir expetativas para a final: "Não diria que foi fácil, foi o trabalho que tivemos de fazer. A partir do momento em que sabemos quem é o adversário, sabíamos que éramos, em termos mediáticos, considerados favoritos e teríamos obrigação de vencer o troféu. A nossa ambição seria sempre igual qualquer que fosse o adversário, mas do outro lado estava uma equipa que acreditava no mesmo. Era importante esse trabalho, tivemos cuidado de o fazer internamente, puxei para fora para termos cuidado com essa expectativa da massa associativa, sem fugir à responsabilidade acrescida que tínhamos pela valia da equipa e dos objetivos de conquistar troféus. Sabíamos que era importante ter esse controlo, a dificuldade estava lá, constante e permanente. Tivemos 10 minutos desastrosos na primeira parte, entrámos completamente fora do que é habitual. As coisas nunca estiveram perto do que queríamos. Depois de fazer o golo a coisa estabilizou, mas é importante esse controlo emocional para que a responsabilidade não fosse castradora".

Nuances táticas: "Às vezes temos de fazer o que o adversário nos dá, nós tínhamos dois homens a jogar mais por dentro (Horta e Djaló), com o Zalazar como terceiro médio nas zonas mais altas. A verdade é que o Estoril pressionou mais alto, conseguimos encontrar e ver o espaço nas costas da linha defensiva. Não sendo o ponto de partida estratégico, foi o que o jogo nos deu naquele momento".

Como se vê enquanto treinador: "Sou um treinador que tem uma ideia definida e que a procura ter enquanto padrão do que a equipa faz. Mas não de forma fechada ao plano estratégico para cada jogo - e viram um SC Braga diferente contra o Sporting - e nas missões dos jogadores. O plano muda para cada jogo e faz com que altere comportamentos, mas também na capacidade para encontrar o que o jogo nos pode dar. Isso é feito de forma a dar liberdade, dentro do nosso plano, aos jogadores terem ideias. Se o jogo nos der coisas diferentes, os jogadores têm que o compreender. Aquilo que eu mais quero agora não é um jogador rápido ou habilidoso, mas sim um jogador inteligente que perceba o jogo, isso é fundamental. Porque vai perceber o que o jogo pede e o que equipa vai fazer para contrariar. São 90 minutos de muita intensidade, em que procuramos enganar o adversário e vice-versa. Se tivermos essa qualidade ficamos sempre mais perto de cumprir o plano e a ideia do treinador".

"Estou na minha cadeira de sonho"

Cadeira de sonho e o que resta do menino com bola no pé: "Nesta altura resta pouca coisa que não seja amor pelo SC Braga, a verdade é que estou na minha cadeira de sonho. Desde muito novo e porque vivia perto do estádio 1.º de maio, acompanhava os meus pais, sócios de 50 anos, a ver a equipa, com belíssimos jogadores. Tornando-me atleta desde muito novo é um percurso dedicado e agora muito mais com o emblema do SC Braga ao peito do que passo em caso. Sonhei muitas vezes em chegar aqui, hoje é mais um sonho conquistado, poder juntar o meu nome à história do clube. O que eu via e sonhei enquanto jogador era poder ter estas conquistas, tivemos algumas oportunidades mas não ganhamos nada. Como treinador, as oportunidades têm surgido e temos ganho. Ganhar para alimentar a história do clube".

Como se trabalha com tanta qualidade: "Exageramos um pouco no início quando dissemos que era o melhor plantel dos últimos anos. Temos um bom plantel, capaz de dar resposta ao que queremos. A verdade é que trabalha-se e faz-se para podermos alimentar diariamente os jogadores com ambição. Quando conversei com os jogadores, sei que estava muita gente à minha frente que ganhou troféus importantes, mas não havia nenhum mais importante do que podíamos ganhar hoje, era isso que tínhamos de trazer para o campo hoje. Esta é a base para o sucesso".

Trabalhar com António Salvador: "É um presidente muito ambicioso, tem uma exigência diária muito grande, constante. Com todos. Isto faz com que tenhamos de corresponder às exigências, sabendo que podemos não ser capazes de o fazer, mas temos de ter essa ambição".

Leia aqui a crónica do Flashscore