Saber sofrer e mais uma Taça para Inzaghi: Reviravolta de Lautaro destroça coração Viola

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Saber sofrer e mais uma Taça para Inzaghi: Reviravolta de Lautaro destroça coração Viola
Inzaghi sabe sofrer e Lautaro sabe marcar: Reviravolta do argentino destroça coração Viola
Inzaghi sabe sofrer e Lautaro sabe marcar: Reviravolta do argentino destroça coração ViolaAFP/Opta by Stats Perform
O Inter venceu esta quarta-feira a Taça de Itália ao triunfar por 2-1 sobre a Fiorentina com uma reviravolta operada ainda na primeira parte por intermédio de Lautaro Martínez, no Estádio Olímpico de Roma. Sem portugueses em campo, os Nerazurri continuam a trilhar o caminho em direção a um "mini-triplete" depois de conquistar a Supertaça.

Recorde aqui as incidências do jogo

O equilíbrio antes do apito inicial era notório, não só nos números - cinco vitórias para o Inter, quatro para a Fiorentina e um empate nos duelos da Taça -, como no contexto: depois de um mau início de temporada que comprometeu os respetivos objetivos no campeonato, além da final da Coppa Italia as duas equipas chegaram também a finais europeias.

Escolhas iniciais e pontuações no final do encontro
Escolhas iniciais e pontuações no final do encontroFlashscore

Portanto, apesar de um ligeiro favoritismo dos Nerazurri, a conquista do troféu estava em aberto e os Viola fizeram questão de realçar isso mesmo. Logo aos três minutos, Dodô recuperou a bola em zona adiantada, Bonaventura abriu na esquerda para Ikoné fazer um cruzamento rasteiro, os defesas acompanharam Arthur Cabral e esqueceram-se de Nico González, ao segundo poste, que só teve de encostar para abrir o marcador

Um início fulgurante dos homens de Florença, que levantaram o troféu pela última vez há 22 anos graças a um português: Nuno Gomes. Mas a resposta da turma de Inzaghi foi imediata, com Dzeko a ameaçar a baliza contrária volvidos apenas três minutos. O jogo estava intenso e aberto, como o Inter gosta, apesar de ter sofrido um calafrio muito bem resolvido por Bastoni, a evitar o bis de Nico González.

Chef Lautaro

Crescia o Inter com os ingredientes certos na mão de Lautaro. O argentino trabalhou bem para oferecer o golo a Dzeko, mas o bósnio, isolado, falhou o que não costuma perdoar. Minutos depois, Martínez Quarta escorregou, Brozovic viu o espaço aberto para uma desmarcação perfeita de Lautaro a aproveitar o adormecimento posicional de Milenkovic e, na cara de Terracciano, disparou para o fundo das redes.

Não ficaria por aqui o El Toro, que em oito minutos cozinhou uma reviravolta. Depois do passe sublime de Brozovic, desta feita foi a vez de Nicolo Barella, na insistência a uma jogada de ataque, a armar um cruzamento cheio de efeito e pleno de intenção, para uma entrada de rompante do campeão mundial, antecipando-se a Milenkovic com uma finalização acrobática. 

O Olímpico de Roma em chamas - e não devido ao fogo de artifício da cerimónia de abertura - exultava com o espetáculo oferecido pelas duas partes, embora até ao intervalo não se tenham registado lances de perigo. 

Estatísticas ao intervalo
Estatísticas ao intervaloFlashscore

À bela moda da estratégia italiana, que não aprecia muito as incertezas e jogos partidos, a segunda parte trouxe um ritmo morno, com mais Fiorentina e um Inter na expetativa do contra-golpe. Nos bancos, as mexidas vinham com dois sentidos: o de agitar a partida e preparar o compromisso do campeonato, com maior peso para os Nerazurri que ainda não confirmaram um lugar de acesso à Liga dos Campeões.

Inzaghi não teve meias medidas e lançou Lukaku e De Vrij para o lugar de um desinspirado Dzeko e Bastoni, com efeito quase imediato. O avançado belga ganhou espaço com o corpo para um remate forte espalmado por Terracciano, na recarga Dimarco viu o golo negado por uma grande intervenção, apesar de estar em fora de jogo. Mas o jogo estava a aquecer...

15 minutos agoniantes

Vincenzo Italiano não ficou de mãos nos bolsos e foi buscar Sottil, Mandragora, Jovic e Ranieri, embora tenha sido novamente Nico González a ficar perto do empate e, logo a seguir, Biraghi atirou do meio da rua com o esférico a rasar a trave. Do outro lado, Lukaku fazia impôr a sua fisicalidade em contra-ataques perigosos: num desses, trabalhou muito bem sobre o lado direito, fintou e deixou o defesa para trás, cruzou para a pequena área onde Dodô conseguiu atrapalhar a finalização de Gosens e evitar o golo certo. 

O título da Taça poderia ainda não estar entregue, mas o do rei do desperdício ninguém tira a Luka Jovic. A 10 minutos do fim, o avançado ex-Benfica recebeu um grande passe de Bonaventura para um trabalho ainda melhor do sérvio que viu o golo negado por Handanovic. Logo a seguir, Dodô tirou a régua e o esquadro, levantou para o segundo poste onde Jovic, completamente sozinho, cabeceou ao lado.

Os Nerazurri não encontravam forma de travar o ímpeto ofensivo dos Viola, pouco depois foi a vez de Nico Gonzaléz - numa exibição memorável - deixar dois adversários para trás a caminho da baliza e, na insistência, cabeceou por cima do guarda-redes para a pequena área, onde Darmián impediu o empate de Arthur Cabral. Já nos descontos, um cruzamento perigoso de Terzic não recebeu o desvio necessário para a baliza e o apito final soou com grito vitorioso dos Nerazurri.

É impressionante a capacidade de sofrimento da equipa de Simone Inzaghi e serve de aviso para o Manchester City_ este Inter sabe como saltar da maca depois de estar ligado às máquinas e o treinador já começa a ficar com os braços dormentes de levantar tanto troféu: são três Taças e quatro Supertaças de Itália... e a orelhuda ali à espreita.

Homem do jogo Flashscore: Lautaro Martínez (Inter).