Novak Djokovic, que não está vacinado contra a COVID-19, viu ser-lhe recusada uma permissão especial, solicitada ao governo dos Estados Unidos, para participar nos torneios ATP de Indian Wells, cujo quadro principal começa esta quarta-feira, e Miami, que acontece entre 19 de março e 2 de abril.
O número um mundial desistiu oficialmente de Indian Wells no passado domingo, depois de o seu pedido ter sido recusado, informação confirmada pelo senador da Flórida Rick Scott.
"Esta recusa é injusta, não tem base científica e é inaceitável", vincou Ron DeSantis, numa carta enviada a Joe Biden.
"Peço que reconsidere. Está na altura de colocarmos as políticas pandémicas de lado e de darmos às pessoas norte-americanas o que elas querem - deixe-o jogar", incentivou.
O republicano assinou uma lei, em novembro de 2021, que proibia escolas, empresas e entidades governamentais de exigirem vacinação contra a COVID-19, o que suscitou a crítica de especialistas em saúde e de líderes democratas.
Os Estados Unidos, atualmente, impedem a entrada no país de pessoas estrangeiras não vacinadas, medida que se espera que seja levantada a 11 de maio, dia em que termina o estado de emergência associado à COVID-19 naquele país.
Djokovic, que falhou a edição de 2022 do Open de Austrália, depois de ter sido deportado do país também pela falta de vacinação, sempre assumiu que falharia torneios caso as medidas em vigor obrigassem à vacinação.
O tenista conquistou o seu 22.º Grand Slam este ano, precisamente na Austrália, mas já não disputa os eventos em Indian Wells e Miami desde 2019.
"A única coisa que impede o Sr. Djokovic de participar neste torneio é a continuidade da aplicação, por parte da sua administração, de uma exigência de vacinação COVID-19 errada, não científica e desactualizada para convidados estrangeiros", alegou DeSantis na missiva enviada.