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Granit Xhaka investigado pela FIFA por gesto obsceno e mensagem política diante da Sérvia

Os festejos polémicos de Granit Xhaka causaram momentos de tensão com os jogadores da Sérvia
Os festejos polémicos de Granit Xhaka causaram momentos de tensão com os jogadores da SérviaProfimedia
Jogador do Arsenal está na mira da FIFA depois dos acontecimentos na vitória da Suíça diante da Sérvia, que valeu aos helvéticos a passagem aos oitavos de final do Mundial-2022.

Granit Xhaka celebrou o triunfo da Suíça com um gesto obsceno para o banco da Sérvia, que ficou afastada da competição, antes de utilizar uma camisola com o nome Jashari, porventura em referência a Adem Jashari, fundador o Exército de Libertação do Kosovo que foi assasinado pela polícia sérvia em 1998.

Questionado sobre o tema, o jogador disse tratar-se de uma referência ao colega de seleção Ardon Jashari, mas a polémica já estava criada e merece agora a atenção da entidade que regula o futebol internacional.

Xhaka, recorde-se, tem descendência albanesa-kosovar, já que é filho de pais albaneses que se viram obrigados a abandonar o Kosovo - país de maioria albanesa - durante a Guerra dos Balcãs.

Em 2008, o Kosovo declarou-se indepentente da Sérvia, motivo pelo qual permanece a tensão entre o médio e os rivais, como ficou patente no jogo entre as duas seleções em 2018, na qualificação para o Mundial, quando a Suíça bateu a Sérvia e, na celebração dos golos, Xhaka e Xherdan Shaqiri - outro jogador de origem albanesa-kosovar - utilizaram as mãos para simbolizar a cabeça das duas águias que surgem na bandeira da Albânia.