Jogos Europeus: Dueto de natação artística luta por top-10 e prossegue evolução

Publicidade
Publicidade
Publicidade
Mais
Publicidade
Publicidade
Publicidade
Jogos Europeus: Dueto de natação artística luta por top-10 e prossegue evolução
Cheila Vieira e Maria Beatriz Gonçalves representam Portugal nos Jogos Europeus
Cheila Vieira e Maria Beatriz Gonçalves representam Portugal nos Jogos EuropeusFederação Portuguesa de Natação
O dueto português de natação artística composto por Cheila Vieira e Maria Beatriz Gonçalves compete nos Jogos Europeus Cracóvia-2023, em técnico e livre, a partir de quarta-feira, procurando dois top-10 e prosseguir o caminho de evolução.

Vieira e Gonçalves entram em ação na quarta-feira, com a qualificação do dueto livre, procurando entrar na final como no Europeu de 2022, em Roma, e no dia seguinte enfrentam a final de dueto técnico.

O objetivo, diz à Lusa a selecionadora, Sylvia Hernandez, é fechar o top-10, numa prova que serve de campeonato da Europa deste ano e é importante no caminho para os Jogos Olímpicos Paris-2024, apresentando por isso uma lista de duetos apurados de muito elevado nível.

“No ano passado, França não participou e este ano participa, e queremos estar ali até ao nono, 10.º posto. (...) Em dueto livre, gostávamos de nadar a coreografia duas vezes”, disse a técnica.

Segundo a espanhola, que já esteve nos Jogos Europeus em Baku-2015 na equipa técnica de Espanha, esta prova demonstra o bom nível europeu, com uma qualificação “muito apertada” para Paris2024, apesar de ser o continente que mais duetos coloca.

“Com o novo regulamento, nada é impossível, mas é muito complicado nesta fase”, disse.

Certo, é que as duas atletas, de 24 anos (Cheila Vieira) e 23 anos (Maria Beatriz Gonçalves), “têm evoluído em todos os aspetos” desde que começou um trabalho mais concertado na modalidade para as elevar e colocar na rota olímpica.

“Como pessoas, como mulheres, e dentro do desporto, com muito sentido de responsabilidade”, afirmou.

Portugal ainda não vive um aumento de praticantes dada a sua maior exposição, e Hernandez pede que esta disciplina possa “chegar a mais pessoas”, para ter uma base de atletas maior, e também conseguir “mais treinadores”.

De resto, Portugal marca presença no Europeu, que em Cracóvia2023 se disputa em Oswiecim, também com uma equipa feminina, nas provas de livre e acrobático, com Anna Carvalho (17 anos), Beatriz Gama (23), Carlota Fonseca (18), Filipa Faria (17), Joana Rosa (15), Lara Botelho (17), Mariana Rocha (19), Marta Moreira (19) e Matilde Sousa (15), em ação na sexta-feira e no sábado.

“Temos atletas muito novas, efetivamente. Esta competição, nas equipas, é uma preparação para o Europeu júnior na Madeira (em agosto). Temos muitas atletas que vão estar na Madeira e o objetivo é serem acompanhadas por atletas mais experientes”, explicou a selecionadora.

Com todos os países europeus a possuírem centros de estágio permanentes, à exceção de Portugal, Turquia e Suíça, apontou, a luta nestas competições “é complicada”, com o nível muito elevado também aqui.

Assim, a presença num evento multidesportivo deve ser para “viver e aproveitar a experiência”, preparando o principal objetivo, no Funchal.

“Em Baku-2015, tive esta experiência, e é certo que conseguimos medalhas (duas pratas, em equipas), mas o que mais gostei, de toda aquela experiência, foi o evento olímpico. Entrar no estádio (para a cerimónia de abertura)... todas as atletas merecem ter uma experiência destas pelo menos uma vez na vida”, defendeu.

O plano em que estão os Jogos Europeus, de resto, merece elogios da selecionadora, uma vez que estão “na linha perfeita” de competitividade, um plano intermédio a caminho dos Jogos no qual o apoio do Comité Olímpico de Portugal, para disciplinas mais pequenas como a natação artística, “mexe com a vida de futuro”.

“É mesmo importante e especial”, destacou.

Os Jogos Europeus Cracóvia-2023 decorrem até 2 de julho em Cracóvia e na região polaca de Malopolska, com 30 modalidades no programa e 48 países participantes.