"Já me conhecem há um ano e meio, aqueles que me conhecem há mais tempo sabem bem o que sou. Sou emocional mas não sou maluco. Para ter aquela reação foi porque algo aconteceu. Marco Serra (quarto árbitro) teve um comportamento inaceitável comigo. Respeito-o tanto quanto ele me respeita a mim. Quero perceber se posso tomar medidas legais contra o quarto árbitro. (Marco) Piccinini expulsou-me porque o quarto árbitro o pressionou a fazer isso. Ele não teve a honestidade de dizer o que ele me disse, ou seja, o que motivou a minha reação. Quero saber se há áudio do que ele me disse. Não quero entrar pelo facto do (Marco) Serra é de Turim e ele expulsou-me com o próximo jogo a ser o da Juventus, mas pela primeira vez na minha carreira um árbitro falou comigo de forma injustificável. Tive a sorte de ter Piccinini como quarto árbitro uma vez quando fui expulso, pedindo-lhe eu desculpas pela falta de respeito. Agora, ele viu-me entrar no balneário a pedir honestidade ao quarto árbitro. Serra estava com problemas de memória e esqueceu-se", acusou José Mourinho.
Quanto ao jogo, o treinador português rejeitou qualquer desculpa com o cansaço, depois da Roma ter jogado na quinta-feira.
"O que houve foi falta de intensidade, de vontade de entrar e resolver o jogo. Pareceu-me que uma equipa quis mais do que a outra. O sentimento é que uma equipa jogou o jogo da vida e a outra não. Não foi um jogo que merecesse a nossa vitória mas também não merecíamos perder. Pela segunda parte que fizemos, com maior mobilidade, pensámos que a vitória podia acontecer. Mas houve o penálti e perdemos", analisou José Mourinho, recusando falar do cenário da Liga dos Campeões.
"Não temos esse objetivo, não estou a pensar na Liga dos Campeões. Estou a pensar no próximo jogo. Não posso deixar este jogo para trás ainda, há frustração e a frustração merece uma análise. Sempre fiz isto, sempre tive auto-crítica", afirmou o treinador da Roma.