Julgamento de Dani Alves vai continuar devido à falta de acordo entre as partes

Publicidade
Publicidade
Publicidade
Mais
Publicidade
Publicidade
Publicidade
Julgamento de Dani Alves vai continuar devido à falta de acordo entre as partes
A primeira imagem de Alves após a sua prisão, em janeiro de 2023.
A primeira imagem de Alves após a sua prisão, em janeiro de 2023.JORDI BORRAS / POOL / AFP
O futebolista brasileiro foi presente a tribunal na segunda-feira por alegadamente ter violado uma mulher nas casas de banho da discoteca Sutton em dezembro de 2022, quando tinha acabado de regressar do Mundial-2022.

O julgamento, que deverá prolongar-se até quarta-feira, começou esta segunda-feira. Considerado um dos futebolistas mais bem sucedidos da história, Dani Alves está em prisão preventiva há mais de um ano.

O brasileiro afirma que as relações foram consensuais, mas a acusação não acredita na sua versão e pede nove anos de prisão. A falta de acordo entre as partes faz com que o julgamento prossiga.

"Atitude violenta"

O Ministério Público sustenta que os factos correspondem a um alegado crime de "agressão sexual com penetração", pelo qual exige também ao arguido o pagamento de uma indemnização de 150 mil euros.

A imprensa pode estar presente na sala de audiências uma vez que os magistrados rejeitaram o pedido de a realizar à porta fechada.

Para proteger a sua identidade, a intervenção da mulher foi totalmente reservada e, além disso, ser-lhe-á garantido "não haver confronto visual com o arguido".

Dani Alves durante o julgamento.
Dani Alves durante o julgamento.Profimedia

De acordo com a acusação do Ministério Público, os factos ocorreram numa zona reservada desta discoteca da moda da capital catalã, onde Dani Alves - que conhecia o local e se encontrava com um amigo - terá conhecido a alegada vítima, que estava acompanhada por um primo e um amigo.

Depois de as convidar para beber champanhe, o internacional canarinho terá convidado a jovem a entrar numa outra zona exclusiva onde existia uma pequena casa de banho, que ela desconhecia.

Aí, segundo o Ministério Público, o antigo jogador do Barcelona terá demonstrado uma "atitude violenta" para com a mulher, que agrediu e obrigou a ter relações sexuais, apesar da sua resistência.

"A vítima pediu repetidamente que a soltasse, que queria ir embora, mas o arguido não lho permitiu", refere o comunicado do Ministério Público, que afirma que a mulher viveu uma "situação de angústia e terror".

Mudanças na versão de Dani Alves

A jovem, que depois de receber assistência médica acabou por relatar os factos a 2 de janeiro de 2023, sofre atualmente de"uma perturbação de stress pós-traumático de intensidade globalmente elevada", para a qual se encontra em tratamento, segundo o Ministério Público.

Dani Alves, que inicialmente negou conhecer a rapariga, mudou várias vezes a sua versão e acabou por admitir que tinham tido relações, embora consensuais, segundo fontes próximas do processo.

A versão dela manteve-se estável e o Tribunal de Barcelona rejeitou os vários recursos dos advogados do atleta que pediam a sua liberdade provisória, alegando, entre outras coisas, o risco de fuga.

O processo contra Alves continua.
O processo contra Alves continua.AFP

Desde o início, os rumores e as fugas de informação foram recorrentes e a advogada da mulher, Ester García, anunciou em janeiro que iria denunciar a publicação de um vídeo com imagens da jovem na conta da mãe de Dani Alves numa rede social.

Membro da bem-sucedida equipa do Barcelona de Messi e Guardiola, o defesa de 40 anos estava de férias em Barcelona antes de regressar ao Pumas do México, depois de disputar o Mundial com a sua seleção, que perdeu nos quartos de final.

Horas depois da sua detenção e prisão, o clube mexicano anunciou a sua saída da equipa.