Kasatkina preocupada com o potencial investimento saudita em eventos WTA

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Kasatkina preocupada com o potencial investimento saudita em eventos WTA

Kasatkina, que se assumiu homossexual no ano passado, disse que há muitos problemas que afetam o país
Kasatkina, que se assumiu homossexual no ano passado, disse que há muitos problemas que afetam o paísReuters
A russa Daria Kasatkina manifestou reservas quanto à possibilidade de competir em futuros torneios WTA na Arábia Saudita, afirmando que "nem tudo é uma questão de dinheiro", no meio de relatos de que o Estado do Golfo poderá vir a investir grandes quantias de dinheiro no desporto.

A Arábia Saudita tem feito grandes investimentos no futebol, Fórmula 1, boxe e golfe nos últimos anos e o chefe do ATP Tour, Andrea Gaudenzi, disse que tinha mantido discussões com o Fundo de Investimento Público (PIF) sobre vários projetos.

O presidente da WTA, Steve Simon, disse na semana passada que ainda existem "grandes problemas" com a Arábia Saudita como potencial anfitriã de eventos WTA, embora a número seis do mundo Ons Jabeur tenha dito que competiria "a 100%" na Arábia Saudita se isso beneficiasse as jogadoras.

Os críticos acusaram a Arábia Saudita, onde a homossexualidade é ilegal, de usar o PIF para fazer "lavagem desportiva", face às fortes críticas ao historial do país em matéria de direitos humanos.

Kasatkina, que se assumiu homossexual no ano passado, disse que havia muitas questões relacionadas com o país.

"Honestamente, é difícil falar sobre isso", disse a número 10 do mundo aos jornalistas, depois de ter chegado à terceira ronda em Wimbledon, na quarta-feira. "É mais fácil para os homens porque eles sentem-se muito bem lá. Nós não nos sentimos da mesma forma. Atualmente, no nosso mundo, o dinheiro fala mais alto. Não acho que tudo tenha a ver com dinheiro".

O australiano Nick Kyrgios congratulou-se com a notícia das discussões da ATP sobre o investimento da Arábia Saudita e disse que isso traria aos jogadores as recompensas financeiras que mereciam. Kasatkina não partilhou a mesma posição.

"Além disso, como disse Nick Kyrgios, ele ficaria muito feliz se fosse para lá só para receber um cheque chorudo. Para mim, o dinheiro não é a prioridade número um neste caso".