As duas formações entraram em campo à procura de responder às derrotas nos respetivos dérbis. O City perdeu no terreno do United (1-2) já depois do desaire para a Taça da Liga com o Southampton (2-0) e o Tottenham não conseguiu travar o líder do campeonato Arsenal em casa (0-2).
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O calendário preenchido dos citizens obrigou Pep Guardiola a fazer muitas mudanças, com destaque para a ausência de portugueses no onze inicial, mesmo com Rúben Dias recuperado de lesão. O jovem Rico Lewis, de apenas 18 anos, foi uma das grandes novidades e também dos melhores em campo no primeiro tempo.
Os lances de perigo é que demoraram a aparecer e só perto do intervalo é que as coisas começaram a aquecer, com um remate do miúdo Rico Lewis a abrir as hostilidades, com Lloris a responder a altura. Os citizens carregavam e o guarda-redes francês foi chamado a intervir duas vezes para fechar a porta a Haaland.
Num verdadeiro plot twist, Ederson foi vilão. O guarda-redes tentou sair a jogar com Rodri mas fez mal o passe, a bola caiu nos pés de Kulusevski e o sueco em posição privilegiada atirou por baixo do corpo do brasileiro para colocar os visitantes na liderança.
A vantagem foi ampliada logo a seguir: numa autêntica troca de papéis, Harry Kane fez um carrinho na grande área, roubou a bola a Rodri e, de ângulo apertado, fuzilou Ederson com Emerson Royal no sítio certo a cabecear para o fundo das redes. Um balde de água fria no Estádio Etihad.
O puxão de orelhas de Guardiola ao intervalo deu resultado: os citizens entraram com tudo e, em dois minutos(!), igualaram o encontro. O campeão do Mundo Júlian Álvarez aproveitou a confusão na pequena área depois de um cruzamento de Mahrez e deu o mote aos anfitriões.
No minuto seguinte, Gundongan tirou a régua e o esquadro e fez um passe magnífico para a entrada de Mahrez na pequena área, o argelino não foi egoísta e serviu Haaland que voltou aos golos... 22 em 19 jogos só na Liga inglesa. O verbo voltar parece estar errado, mas o norueguês não marcava há quatro jogos consecutivos (em todas as competições).
Sentia-se a reviravolta no ar... mas foi novamente o Tottenham que assustou em contra-ataque. Kulusevski teve espaço no flanco direito, fez um cruzamento rasteiro ao segundo poste para o remate de primeira de Perisic que levava selo de golo, mas bateu nos pés de Rico Lewis e foi à trave. O suspiro de alívio ouviu-se em todo o estádio.
Não marcaram os spurs, aproveitou o City. Criou o primeiro, assistiu o segundo e marcou o terceiro: Riyad Mahrez assinou uma das melhores exibições desde que chegou a Manchester, mas convém sublinhar que teve alguma ajuda de Lloris. O extremo argelino ganhou uma dividida com Perisic, partiu para a área, puxou para a linha e atirou de pé direito ao primeiro poste, onde o pé esquerdo do francês ficou imóvel
Já em cima dos 90 minutos, um erro infantil do recém-entrado Lenglet deixou a bola nos pés proibidos. Mahrez foi isolado para a baliza e picou à saída de Lloris para confirmar os três pontos para a equipa da casa.