É daquelas expressões que já fazem parte do jargão futebolísticos e cujo uso se torna tão usual que muitas vezes perde significado: O futebol é um jogo de detalhes. Contudo, mais do que nunca, esta quinta-feira mostrou a diferença que milímetros podem ter na principal competição de seleções.
Depois de ter chegado ao empate aos 48 minutos, o Japão deu a volta ao marcador diante da Espanha (2-1) aos 51 minutos, com Tanaka a ser o autor de um golo que gera alguma polémica. O médio nipónico apareceu na pequena área, fortuito, a desviar um cruzamento de Mitoma, já em esforço, no lado esquerdo.
Inicialmente, Victor Gomes, árbitro sul-africano de ascendência portuguesa, anulou o lance. Parecia que o extremo nipónico já tinha tocado a bola fora das quatro linhas o golo seria invalidado. Contudo, após a visualização de várias repetições, o VAR deu a indicação que a jogada foi legal. Irrompeu a festa por entre os samurais azuis e viram-se lágrimas nas bancadas. O Japão estava a vencer a Espanha e seguia para os oitavos de final como vencedor do Grupo F, com seis pontos.
Uma questão de milímetros que acabou por provocar aquela que parece ser, para já, a eliminação mais surpreendente da fase de grupos. A vitória japonesa deixou de fora a Alemanha, campeã do mundo em 2014. De resto, os germânicos, com quatro pontos, teriam seguido em frente com o empate, graças à diferença de golos, mas na questão dos centímetros, foram os nipónicos a sorrir desta vez.