Milos Degenek, que se estreou na prova no triunfo frente à Dinamarca (1-0), admitiu que vê Messi como um herói, mas assegurou que esse sentimento será colocado de parte quando Austrália e Argentina se defrontarem.
"Todos sabem que sempre adorei Messi, acho que é o melhor que já jogou este jogo", assumiu, ressalvando, porém: "Não é uma honra jogar contra ele, porque ele é um humano, tal como nós. É uma honra estar nos oitavos-de-final do Mundial-2022, isso sim".
O guarda-redes australiano Mathew Ryan manteve a baliza inviolada em dois jogos consecutivos, nos triunfos (1-0) sobre a Tunísia e a Dinamarca, que valeram aos socceroos o segundo acesso da sua história às fases a eliminar da prova.
Nos oitavos, a Argentina é clara favorita, mas Degenek apela à crença e confiança da sua seleção. "Temos que acreditar e ter confiança na nossa capacidade de travar cada ataque. Se isso vai ou não ser possível, não sei, mas sei que vamos dar 110% para parar tudo o que for ao encontro da baliza do Matty", vincou.
O defesa sabe que a Argentina, que recuperou de uma surpreendente derrota diante da Arábia Saudita, no jogo inaugural, quererá dar a Messi o seu primeiro título mundial, naquela que poderá ser a sua última oportunidade.
"Nós queremos travar essa intenção. Infelizmente, sou um grande fã de Messi, mas gostaria muito mais de ganhar o Mundial do que vê-lo vencer", apontou o jogador do Columbus Crew, equipa da MLS.
A seleção australiana anunciou ainda a morte da sogra de Bailey Wright, outro dos defesas dos socceroos, que decidiu manter-se com a equipa. O jogador do Sunderland, que entrou no decorrer do jogo contra a Dinamarca, dedicou o triunfo à familiar.
"Não é algo que se possa desejar a alguém. Ele (Wright) sabe que somos a sua segunda família e que vamos estar aqui para o apoiar", garantiu Degenek, sublinhando ainda que uma situação destas traz à tona a tensão que os futebolistas vivem nos bastidores.
"São muitas mais emoções, muitas mais coisas envolvidas no futebol do que apenas o jogo", advertiu.