O Mónaco teria sido a segunda parte de uma tripla jornada com Itália e Espanha, mas o Grande Prémio de Emilia Romagna, agendado para Imola no fim de semana passado, foi cancelado devido a inundações devastadoras. Max Verstappen e Sergio Pérez, da Red Bull, venceram as cinco corridas desta temporada por alguma distância, e as duas últimas no Mónaco.
Serão novamente favoritos, mas, apesar do historial de corridas processionais no principado, as ruas com vedações metálicas de Monte Carlo podem ser difíceis, especialmente com o piso molhado.
O italiano Jarno Trulli conquistou a única vitória da sua carreira em 2004 e o francês Olivier Panis numa corrida húmida em 1996, com apenas três carros a correr no final.
Alonso, da Aston Martin, vencedor no Mónaco com a Renault e a McLaren em 2006 e 2007, estará pronto para qualquer oportunidade que surja no seu caminho, depois de ter garantido quatro terceiros lugares até agora em 2023.
"Parece que temos um carro que talvez não seja o mais rápido nas retas. Precisamos de melhorar isso, mas somos muito bons nas curvas", disse à televisão Sky Sports quando lhe perguntaram onde poderia vencer. "Eu diria que as velocidades mais lentas do campeonato, digamos Mónaco, Budapeste, Singapura. Neste tipo de circuitos, penso que colocamos as nossas principais esperanças neste momento".
Leclerc garantiu a pole nos últimos dois anos, mas ainda não subiu ao pódio do Mónaco como piloto de Fórmula 1.
A Mercedes vai levar um carro melhorado e o Mónaco é um dos circuitos favoritos do sete vezes campeão mundial Lewis Hamilton, com três vitórias anteriores.
"Estamos a introduzir o primeiro passo numa nova direção de desenvolvimento", disse o chefe de equipa Toto Wolff. "Não será uma bala de prata; pela minha experiência, elas não existem no nosso desporto. Esperamos que dê aos pilotos uma plataforma mais estável e previsível. Depois podemos construir sobre isso nas próximas semanas e meses".
O bicampeão do mundo Verstappen, vencedor no Mónaco em 2021, não precisa de mais incentivos para se afirmar e vai querer dar a volta a Pérez depois de ter perdido para ele em maio passado. O mexicano caiu na qualificação, mas ainda assim terminou em terceiro na grelha e à frente de Verstappen num circuito onde as ultrapassagens são extremamente difíceis. Verstappen parece ter guardado rancor durante meses e recusou-se a devolver o lugar a Pérez no Brasil em novembro, aludindo a "algo que aconteceu no passado".
Os meios de comunicação social neerlandeses referiram que se tratou de uma vingança pelo Mónaco, com Pérez a ter de negar que se despistou deliberadamente para evitar que Verstappen fosse mais rápido. O mexicano, agora 14 pontos atrás de Verstappen, vai tentar repetir a vitória para voltar à luta.
"Esta é a corrida que todos os pilotos querem ganhar quando crescem e tive a sorte de o conseguir na época passada. Isso só me deixou com mais vontade de estar no degrau mais alto mais uma vez", disse ele.