Cinco pontos de discussão antes do regresso da F1 no Grande Prémio do Azerbaijão

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Cinco pontos de discussão antes do regresso da F1 no Grande Prémio do Azerbaijão
Charles Leclerc, piloto da Ferrari
Charles Leclerc, piloto da Ferrari
AFP
A Fórmula 1 regressa este fim de semana após uma pausa de um mês. A AFP Sport apresenta cinco pontos de discussão antes do Grande Prémio do Azerbaijão.

Red Bull a voar

Três corridas, três poles, três vitórias, dois primeiro e segundo lugares, duas voltas mais rápidas. A Red Bull chega ao Azerbaijão em grande forma. O bicampeão do mundo Max Verstappen manteve a calma em Melbourne para afastar Lewis Hamilton e evitar o drama da tripla bandeira vermelha, enquanto Sergio Pérez subiu de último a quinto e fez a volta mais rápida, na mais recente demonstração da supremacia da velocidade da Red Bull.

O chefe da equipa, Christian Horner, elogiou a "grande paciência" de Verstappen em não se envolver na luta com a Mercedes no início, e não ficou impressionado com o ritmo da Mercedes.

Com duas vitórias contra uma do seu colega de equipa, Verstappen lidera à frente de Pérez por 15 pontos, ao passo que o rejuvenescido Fernando Alonso é terceiro, a nove pontos do mexicano, com Hamilton a sete pontos de distância.

Renascimento da Mercedes?

George Russell, piloto da Mercedes
AFP

Toto Wolff e os homens da Mercedes saíram do Grande Prémio da Austrália com uma inesperada alegria. O segundo lugar de Lewis Hamilton deu aos gigantes da F1 razões para acreditar que estão finalmente a dominar o seu carro. Com apenas uma vitória depois de um 2022 bastante difícil, esta época começou, no Bahrein, com "um dos seus piores dias nas corridas".

Uma subida de rendimento na Arábia Saudita deu ânimo, enquanto em Melbourne George Russell também estava a voar até o seu carro se incendiar. O diretor da equipa, Wolff, foi rápido a insistir que "não há nenhuma bala mágica" para transformar um carro que tem tido dificuldades desde a mudança no panorama técnico do ano passado.

O austríaco admitiu ainda que estão a compreender muito melhor a sua máquina. "Definimos uma direção clara para onde temos de ir e acredito que estamos na trajetória certa".

Tempo de corrida Sprint

Vista da cidade e do circuito de Baku
AFP

Baku é palco da primeira das seis corridas de sprint de 2023. Verstappen tem o melhor registo em sprints, vencendo três das seis realizadas desde que foram introduzidas, em 2021.

Baku é o primeiro circuito de rua a realizar uma corrida sprint, com Horner a não ser o único entre os chefes de equipa cautelosos com a perspetiva de acidentes num circuito que tem a reputação de produzir o inesperado.

"É absolutamente ridículo fazer a primeira corrida sprint do ano num circuito de rua como o Azerbaijão", disse Horner na Austrália. Embora reconhecendo que, para os fãs, a emoção estava quase assegurada, do ponto de vista das equipas "tudo o que se pode fazer é destruir o carro e isso custa muito dinheiro".

De acordo com o novo formato acordado pelas equipas em Melbourne e aprovado pela FIA na terça-feira, a corrida de 100 km de sábado será agora um evento independente do fim de semana, tendo a sua própria qualificação.

Ao contrário de 2021 e 2022, o resultado da sprint já não irá definir a grelha de partida para a prova principal de domingo, sendo a qualificação para o Grande Prémio realizada na sexta-feira. Depois de Baku, as sprints serão disputadas na Áustria, Bélgica, Catar, Austin e Interlagos.

Tempos difíceis na Ferrari

O novo patrão da Ferrari, Frederic Vasseur, considera que há "toneladas de espaço para melhorar o carro". Charles Leclerc e Carlos Sainz esperam certamente que seja esse o caso.

Duas desistências e um sétimo lugar em Jeddah deixaram Leclerc a lamentar "o pior início de época de sempre", enquanto Sainz se queixou de uma penalização que o fez cair de quarto para fora dos pontos em Melbourne. Isso deixou a equipa mais icónica da F1 atrás da Red Bull, Aston Martin e Mercedes no Campeonato de Construtores.

Com atualizações significativas planeadas a partir de Miami, Vasseur diz ter a sensação de que "estamos a avançar na direcção certa".

No entanto, Baku não tem sido um terreno feliz para a Scuderia, com apenas três pódias e um dupla desistência, no ano passado, desde 2016.

A roleta de Baku

Circuito de Baku
AFP

Baku tem a reta mais longa da F1. Os 2,2 km da Avenida Neftchilar, junto ao Mar Cáspio, onde os carros chegam a velocidades de 350 km/h antes da curva 1, de 90 graus. O circuito serpenteia depois pela sinuosa secção das portas da cidade medieval, onde até o mais pequeno dos erros pode significar um desastre.

Um vencedor diferente em cada uma das seis corridas realizadas aqui é uma indicação do drama que está reservado para Verstappen e companhia neste fim de semana.

O astro neerlandês venceu no ano passado, mas não vai dar nada por garantido depois de o seu carro ter ficado com a corrida de 2021 à sua mercê a cinco voltas da bandeira axadrezada.