Presidente do Vitória quer manter jogadores e realizar “obras indispensáveis”

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Presidente do Vitória quer manter jogadores e realizar “obras indispensáveis”
António Miguel Cardoso fez balanço do primeiro ano na presidência do Vitória
António Miguel Cardoso fez balanço do primeiro ano na presidência do VitóriaVitória SC
O presidente do Vitória de Guimarães, António Miguel Cardoso, afirmou hoje querer “manter a maioria dos atletas” e concretizar “obras indispensáveis” na academia e no estádio de futebol, após vendidos 46% da SAD ao fundo V Sports.

Em declarações ao sítio oficial dos vimaranenses, o dirigente, eleito para o cargo há precisamente um ano, numas eleições em que recolheu 4.148 dos 6.637 votos contabilizados (62,5%), impondo-se às listas do ex-presidente Miguel Pinto Lisboa (18,7%) e de Alex Costa (17,5%), vinca que “o clube começa a levantar-se para voltar a ocupar uma posição de relevo”.

Graças à entrada do novo parceiro do Vitória SC, que mereceu ampla aprovação da parte dos associados, poderemos manter a maioria dos nossos atletas e fazer face a obras indispensáveis na nossa academia e no Estádio D. Afonso Henriques. Aos poucos, o clube começa a levantar-se para voltar a ocupar uma posição de relevo no futebol português, e até na Europa, e não ficaremos por aqui”, perspetivou.

Anunciado em 14 de fevereiro e aprovado na assembleia geral extraordinária de sexta-feira, com 966 votos favoráveis e 136 contra entre os cerca de 1.400 sócios que participaram, o negócio com o fundo V Sports, detido pelo multimilionário egípcio Nassef Sawiris, prevê, além da receita de 5,5 milhões de euros pela venda de 46% das ações pelo clube, a doação de dois milhões ao Vitória para infraestruturas.

Uma das obras em curso é a do miniestádio com lotação para 2.500 pessoas, a partir da adaptação do campo número 5 da academia, cujo projeto foi apresentado em outubro de 2020 e a obra iniciada em março de 2021, ainda sob a direção liderada por Miguel Pinto Lisboa.

António Miguel Cardoso salienta também que encontrou o clube com uma “série de dívidas para pagar”, como algumas das tranches da compra de 56,4% do capital da SAD por 6,5 milhões de euros a Mário Ferreira, empresário português radicado na África do Sul que foi acionista maioritário da sociedade desde a sua constituição, em 2013, até 2020, ano em que o clube oficializou a compra dessas ações.

O presidente vitoriano lembra ainda ter assumido o cargo “sem grandes fontes de rendimento”, nomeadamente os 20 milhões de euros de receitas televisivas antecipados, na sequência de um empréstimo nesse mesmo valor, obtido, em março de 2021, junto do fundo norte-americano Apollo, com uma taxa de juro de 5,25%, ainda em vigor.

Perante essa situação que descreve como “muito difícil”, a direção que lidera decidiu “negociar passes de alguns jogadores” no mais recente mercado de transferências de verão, contabilizando 19,6 milhões de euros em vendas nesse período, e “aliviar ao mesmo tempo a folha salarial das equipas profissionais”, tendo uma delas, a de sub-23, deixado de existir.

Agradado com o quinto lugar da equipa treinada por Moreno, “uma das equipas mais jovens” da Liga portuguesa, o dirigente realçou que, um ano depois da sua eleição, o Vitória está “muito mais estruturado, com os departamentos articulados, a servirem melhor o clube”.