"Vai ser um jogo muito difícil, estamos perante uma das melhores equipas do mundo e uma das favoritas à vitória final. Por termos acabado em primeiro lugar e não em segundo, a equipa teve um dia extra para recuperar. Se conseguirmos eliminar a Espanha, será uma grande surpresa para nós e para o país. A minha mensagem para o grupo tem sido clara desde o início. Vamos jogar uma quarta final", admitiu Regragui, à espera de um jogo difícil mas também perfeitamente identificado com o adversário.
"Não vejo quaisquer fraquezas nesta equipa espanhola. Eles sabem o que estão a fazer, têm uma paciência infinita. Eles magoam os adversários mas também o público. Contra eles, é preciso ser forte mentalmente e esperar pelo momento certo para os contrariar. Já se sabe como funciona o plano deles: 'Laporte passa a bola a Rodri, Rodri dá a Busquets, Busquets passa a Alba, etc...' Depois encontram o espaço", explicou o selecionador de Marrocos, antes de dar a receita de como contrariar essa estratégia espanhola.
"Gostei da nossa segunda parte contra o Canadá. Estávamos com problemas e eu consegui avaliar o grupo, que estava encurralado. Apesar da pressão de terminar o grupo em primeiro lugar, mostrámos determinação e corremos. Espero esse tipo de cenário contra a Espanha. Será que conseguimos repetir isso em mais de 90 minutos?", questionou Regragui, que foi convidado a recuar até ao Mundial-1986, na primeira vez que Marrocos chegou aos oitavos de final da competição, caindo perante a Alemanha.
"Espero que no futuro haja jogos ainda mais importantes do que este contra a Espanha. Não podemos voltar a disputar o jogo de 1986 e chegar aos quartos de final. Temos 24 horas para nos prepararmos e fazermos história. Mentalmente, não devemos ter quaisquer arrependimentos. Temos de encontrar um equilíbrio entre jogar pela história e não criar dramas nem aumentar a pressão", defendeu o treinador da seleção marroquina.