"Estamos totalmente recuperados, embora seja verdade que foi um momento um pouco intenso em todos os sentidos. A equipa queria ganhar e penso que fizemos uma primeira parte em que estávamos no controlo. Desaparecemos em 10 minutos e depois eles fecharam-se. Sofremos um pouco de pânico quando estávamos fora (do Mundial), não vou negar isso. Penso que foi uma chamada de atenção muito boa para nós", explicou Rodri Hernández.
O internacional espanhol também reconheceu que "não foi uma sensação agradável" quando a Costa Rica marcou e a Espanha esteve eliminada durantes uns "complicados" três minutos. Mesmo assim, apesar de reconhecer a tensão, salientou que La Roja esteve na pole position durante todos os jogos e indicou que nunca saíram "para empatar, mas para ganhar". Quanto aos japoneses, que segundo o versátil jogador "fecharam-se bastante", destacou o seu bom trabalho a lidar com "a pressão".
"Temos uma filosofia que nunca mudamos, não importa a equipa nem quando jogamos, embora seja verdade que nem sempre é necessário correr riscos. É evidente que se trata de um Campeonato do Mundo e que existem poucas diferenças. O treinador dá-nos confiança e é assim que vamos continuar", disse Rodrigo aos meios de comunicação, embora tenha acrescentado: "A nossa intenção é criar superioridade a partir de trás. Se houver pressão máxima, procuramos uma bola longa. Falhámos no outro dia e aprendemos com isso".
Marrocos e Ziyech
O médio falou do adversário nos oitavos-de-final, uma das revelações do Campeonato do Mundo depois de terminar a fase de grupos na liderança do grupo, à frente de Croácia, Bélgica e Canadá. "Ainda não os analisámos porque ontem foi dia de folga. É uma equipa que terminou primeiro. Vai ser um jogo muito duro e equilibrado. Precisamos de ter um grande dia para os vencer. Eles têm jogadores com muito talento individual", comentou.
"Marrocos é uma das melhores seleções de África. Temos aquilo que merecemos por terminarmos em segundo lugar. São um dos piores adversários que podíamos jogar. Temos de estar a 100% se quisermos ganhar e passar", disse. Por outro lado, apesar de reconhecer que Ziyech é "um grande jogador com muitas qualidades" e que o conhece "muito bem", considera que os africanos têm "outros jogadores muito bons".
Expressou também qual é a prioridade de Espanha, que não pensa demasiado nos seus adversários ou no que pode acontecer caso vençam Marrocos. O objetivo é "desfrutar do Campeonato do Mundo", conscientes da "responsabilidade para com o país", e "jogar bom futebol". Em suma, o plantel, sem "medo de falhar", enfrenta este e os próximos jogos "com ambição, entusiasmo e desejo".