Rúben Amorim: “Sete vitórias seguidas não nos vai trazer nada, tem de ser o normal”

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Rúben Amorim: “Sete vitórias seguidas não nos vai trazer nada, tem de ser o normal”
Rúben Amorim: “Sete vitórias seguidas não nos vai trazer nada, tem de ser o normal”
Rúben Amorim: “Sete vitórias seguidas não nos vai trazer nada, tem de ser o normal”Profimedia
O treinador do Sporting assume o bom momento da equipa leonina antes do embate com o Paços de Ferreira, mas não quer embandeirar o arco. Garantiu a titularidade de Dário Essugo e falou da possível saída de Pedro Porro.

Garantida a presença na final four da Taça da Liga, o Sporting recebe o Paços de Ferreira (quinta-feira, 21:15 horas), na 14.ª jornada da Liga, marcando assim o regresso do campeonato após a paragem do Mundial-2022. A viver o melhor momento da temporada, com seis vitórias consecutivas, Rúben Amorim quer o sétimo, mas que não isso não signifique muita euforia.

“Estamos com boas sensações, seis vitórias consecutivas e vamos voltar ao campeonato que é a nossa grande prioridade. Queremos continuar a jogar bem, porque assim estamos mais perto de vencer, não sofrer golos e marcar o maior número possível. Isto frente a uma equipa que não vive um bom momento, mas que traz muitas incertezas. Não temos ideia de como se vai apresentar, tentámos tudo para perceber como vai estar, vimos as ideias do novo treinador (Marco Paiva) nos sub-23 do Rio Ave e estamos preparados para tudo”, explicou, falando ainda do renascer do espírito que levou os leões ao último título: “Não podemos trazer esse espírito de volta porque todos os anos são diferentes. Nós levamos dois aqui, um em que fomos campeões e outro em que fomos competitivos até ao fim. Este ano não está a acontecer isso e mesmo que consigamos as sete vitórias, não nos vai trazer nada, tem de ser o normal, é o que as equipas no primeiro e segundo lugar estão a fazer. Recuperamos um bom bocadinho as boas sensações, temos mais fome, jogamos de uma forma mais intensa e melhor, mas seis vitórias consecutivas não é nada para uma equipa que se quer aproximar dos lugares de cima”.

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Pode ouvir o relato no site ou na aplicaçãoFlashscore

E para este jogo existe já uma certeza: Dário Essugo vai ser titular perante as ausências de Ugarte (suspenso) e Morita (lesionado).

“Será o titular pelo tudo o que tem feito, tem respondido bem. Tem evoluído com o trabalho que temos vindo a fazer com ele. E só tem 17 anos. Estreou-se na época em que fomos campeões (2020/21), começou a trabalhar com a equipa principal nessa altura e hoje é um jogador completamente diferente. É o mais parecido que tínhamos e que temos com o Palhinha. Acreditamos muito nele”, garantiu.

Sotiris Alexandropoulos também já recuperou e pode ser opção, enquanto Jeremiah St. Juste continua a debelar problemas físicos e ainda não está apto para integrar a convocatória.

“Pedro Porro? Disseram-me que só pela cláusula”

O jogo com o Paços de Ferreira será o último antes da reabertura do mercado de transferência. Mais do que entradas, a equipa leonina corre o risco de perder Pedro Porro, lateral-direito que tem vindo a ser cobiçado pelo Tottenham.

“Nós sabemos que há jogadores que os querem pelo que tem feito. Tivemos esse problema no verão. O que me foi dito é que pela cláusula pode sair, que é uma situação em que não podemos fazer nada. Ele está muito bem, num dos melhores momentos da carreira e concentrado no Sporting. Estamos preparados para tudo”, disse, comentando ainda um eventual paralelismo com a situação de Matheus Nunes, que acabou por sair de forma surpreendente depois do treinador ter insistido que ia ficar: “No início da época tivemos o problema com o Matheus Nunes, foi público, falámos sobre isso, discutimos, e o que me foi dito agora é que só sai pela cláusula, eu vou acreditar na palavra das pessoas”.

No tópico das entradas, esta quarta-feira surgiu na imprensa francesa o alegado descontentamento de Pablo Sarabia no PSG. Poderia isso significar um eventual regresso ao Sporting?

“Sempre gostamos muito dele, foi um jogador importante na nossa equipa, um dos responsáveis pela grande época que fizemos no passado. No entanto, Continuamos a ter o nosso tecto salarial, as nossas limitações e o Rodrigo Ribeiro que acabou de renovar. Temos de gerir bem o agora e o futuro. Há bastante talento na academia em certas oposições e vamos ter de arriscar. Estou mais a olhar para o Rodrigo do que o Sarabia, que é um grande jogador. O Rodrigo Ribeiro é um talento e vai começar a ter mais espaço na nossa equipa, e vai ter de responder porque a exigência é muito grande. Estou mais focado em fazer dele melhor jogador. Seria mais fácil para mim pedir ao presidente o Sarabia e deixar o Rodrigo com menos espaço”, asseverou, não descartando entradas: “Temos de pensar agora e no futuro. Poderá haver uma ou outra adaptação se entendermos que há jogadores da formação que tem de ter mais espaço na nossa equipa. Um ou outro pode entrar que já temos pensado e outros que estão na formação e podem subir. Faremos essa avaliação durante o mês de janeiro”.

Mensagens a Paulinho e Coates

Do jovem Rodrigo Ribeiro, Rúben Amorim passou para dois dos jogadores mais experientes do atual plantel que atravessam bons momentos de forma. O primeiro foi Paulinho que atravessa um bom momento de forma.

“Isto muda muito rápido. Construir custa muito tempo e destruir é muito rápido. Ele vive de bons jogos e de golos. O que tem de fazer é esquecer tudo o que se esta a passar, cada história de jogo é diferente. Não tem mais pressão nem menos, é continuar a jogar e divertir-se, focado no que é o trabalho dele”, atirou.

E sobre Coates, que se prepara para fazer o 300.º jogo com as cores leoninas, Rúben Amorim falou de forma ambiciosa.

“O que lhe digo todos os dias é que ainda é um jogador muito novo, que pode evoluir muito. Durante anos meteu na cabeça que era um jogador mais estático e lento e não é assim, pode melhorar muito com a bola. Vamos exigir dele cada vez mais. Parabéns pela carreira bonita que está a fazer, tem apenas um campeonato e pode fazer mais e melhor”, atirou.

Mais SC Braga, menos Marselha

O final do ano torna-se propício a avaliações e balanços. Instando a comentar um jogo que gostasse de repetir e outro que deixasse só em 2022, Rúben Amorim não teve dúvidas.

“Gostei muito do nosso último jogo (5-0 ao SC Braga), em que fiquei descansado mais rapidamente. Foi atípico, não representa a diferença entre as duas equipas, mas foi mais tranquilo para o treinador. Não se podem repetir os jogos com o Marselha (1-4 e 0-2), em que não podemos ser competitivos. Foi o que me custou mais, destruímos o jogo logo no início. É uma situação totalmente diferente das partidas com Manchester City e Ajax, em que lutámos, mas eles foram melhores”, concluiu.