Jones e os seus jogadores têm sido alvo de uma enxurrada de críticas desde que a derrota por 6-40 contra o País de Gales, no passado fim de semana, deixou as esperanças da Austrália de chegar aos oitavos de final por um fio muito fino.

Os Wallabies contam com a derrota de Fiji em pelo menos um dos jogos restantes da fase de grupos, mas também precisarão de fazer quatro ensaios contra Portugal em Saint Etienne para garantir um ponto de bónus.

Jones estava numa forma tipicamente combativa quando anunciou a sua equipa para o jogo na sexta-feira, pedindo novamente desculpa pelos resultados, mas insistindo que a jovem equipa do Campeonato do Mundo que seleccionou era a melhor disponível.

"Se as pessoas têm problemas com os resultados, vêm ter comigo, certo?" disse Jones aos jornalistas no hotel da equipa: "E se precisarem de um bode expiatório para o Campeonato do Mundo, é óbvio que sou eu. Quando se é treinador principal de uma equipa, assume-se essa responsabilidade."

Jones deixou de lado a dupla de centrais Samu Kerevi e Jordan Petaia depois de terem tido dificuldades em causar impacto nas derrotas para Fiji e País de Gales, com as jovens armas Izaia Perese e Lalakai Foketi a entrarem no meio-campo.

"Samu tem estado um pouco abaixo do seu melhor", acrescentou Jones: "Jordan teve uma pequena lesão na panturrilha, que agora está bem, mas não pôde treinar. Por isso, decidimos dar a oportunidade a estes dois jogadores e pensamos que vão jogar bem contra a equipa portuguesa."

Fraser McReight regressará ao flanco aberto, com Tom Hooper a regressar ao lado cego, uma vez que Jones opta por uma linha de trás mais móvel, depois de ter optado pela força contra os galeses.

"Vai ser um jogo de ritmo de trabalho", disse: "Portugal joga um jogo de lado a lado e sinto que ter dois trabalhadores lá vai nos servir melhor."

James Slipper volta a ser titular como tighthead prop no seu 21.º jogo do Campeonato do Mundo, ultrapassando o recorde de presenças do antigo scrumhalf George Gregan no torneio.

Jones admitiu que as suas aparições na conferência de imprensa estavam a funcionar como um para-raios para proteger o seu jovem plantel, que tinha passado por uns dias difíceis desde a derrota para o País de Gales.

A esperança de Jones era que a humilhação da goleada da semana passada em Lyon levasse os jovens Wallabies a um patamar mais alto no futuro.

"Todas as seleçõess que eu vi se desenvolverem tem um jogo como esse, que fica gravado na memória, mas na verdade funciona como um incentivo para que trabalhem um pouco mais e entendam o que necessário para vencer neste nível", disse ele.