Mundial Râguebi: Chalureau nega racismo enquanto França prepara confronto com All Blacks

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Mundial Râguebi: Chalureau nega racismo enquanto França prepara confronto com All Blacks

Bastien Chalureau durante a sua conferência de imprensa na segunda-feira
Bastien Chalureau durante a sua conferência de imprensa na segunda-feiraAFP
O saltador francês Bastien Chalureau insistiu esta segunda-feira que não é racista, numa altura em que crescem as críticas à sua convocatória para a equipa que vai disputar o Campeonato do Mundo de Râguebi, três anos depois de ter sido condenado por uma agressão racial.

O Presidente francês, Emmanuel Macron, e os dirigentes desportivos apoiaram o selecionador Fabien Galthie na decisão de convocar Chalureau para o Campeonato do Mundo.

Chalureau foi condenado a uma pena suspensa de seis meses em 2020, depois de ter sido considerado culpado de "atos de violência cometidos devido à raça ou etnia da vítima".

O jogador do Montpellier, que admitiu ter cometido atos de violência, mas negou ter feito comentários racistas, recorreu dessa condenação, mas os deputados do partido de esquerda França Insubmissa pediram a Galthie para "considerar seriamente não convocar Bastien Chalureau".

Chalureau foi chamado na passada sexta-feira para substituir o lesionado Paul Willemse, tendo já disputado seis jogos desde a sua condenação.

"Esta história existe há anos e eu nego totalmente as alegações de racismo", disse Chalureau aos jornalistas na segunda-feira, quatro dias antes do jogo de abertura dos Bleus contra a tricampeã Nova Zelândia no Grupo A.

"Desde o primeiro dia que admiti os meus erros, mas neguei as acusações de racismo. Não sou racista. Queria vir aqui hoje dizer isto em voz alta, porque é algo que afeta também a minha equipa e a minha família", acrescentou, com lágrimas nos olhos.

Macron afirmou que a escolha da equipa é da responsabilidade do seleccionador.

"Por isso, não vou comentar as suas escolhas. Ele fá-lo de forma consciente e responsável. São, por definição, as corretas", disse Macron, que visitou a equipa nos arredores de Paris.

A ministra dos Desportos, Amelie Oudea Castera, disse no domingo que Chalureau é considerado inocente enquanto decorre o processo de recurso.

O presidente da Federação Francesa de Rugby, Florian Grill, afirmou que o processo judicial tem de ser respeitado.

"O racismo não tem lugar no râguebi", afirmou Grill. "Ele admitiu atos de violência, mas nega ter feito quaisquer comentários racistas".

Alan Gilpin, diretor-executivo da World Rugby, afirmou que o râguebi é um desporto inclusivo.

"Pode não ser fácil de entender fora de França, mas como ele recorreu da decisão do tribunal, presume-se que está inocente", afirmou.