O desenvolvimento contínuo do dinamarquês impressionou muito Corretja e, juntamente com Medvedev, segundo cabeça-de-série, tem grandes expectativas para o desempenho de Rune no próximo Open de França.
A crescente versatilidade de Medvedev é também algo que merece o destaque de Corretja, que via o russo como um jogador mais unidimensional no passado.
"Talvez porque o seu serviço é bom, mas não tão bom como no campo duro, o que é um factor, e porque por vezes joga muito recuado, demorou algum tempo a habituar-se à terra batida. Mas a confiança está lá. Ele ganhou tantas vezes este ano, tantos jogos. Por isso, quando entramos em court, pensamos: 'Ok, porque não? Também o posso fazer em terra batida'. Acho que ele está mais preparado e a sua mobilidade mudou muito. É fantástico ver a forma como ele se adapta a estas superfícies", afirmou Corretja, antes do elogios a Rune.
"Ele é como uma máquina. Bate a bola com força. Trabalha muito. Gosta de ganhar. Leva-se ao limite. É corajoso. Ele vai em frente. E tem jogado muito bem. Por isso, será um dos candidatos a sair-se bem em Roland-Garros. Claro que é muito jovem, mas já mostrou que não tem medo de nada e que só quer ir com ele próprio, com a sua personalidade, e é muito explosivo. Pelo que tenho visto, será muito, muito difícil vencê-lo em Paris", disse Corretja, que atualmente trabalha como comentador na Eurosport.
Rune já chegou a três finais em terra batida nas últimas seis semanas e, de acordo com Corretja, a sua forma atual mostra que é um dos favoritos a chegar longe em Roland Garros.
"Se não for agora, será de certeza mais tarde. Veremos", conclui Corretja. O espanhol já chegou a duas finais do Open de França, em 1998 e 2001, mas sem vencer nenhuma delas.