A Federação Francesa de Ténis disse esta semana que o australiano iria falhar Roland Garros devido a uma cirurgia em janeiro para reparar um menisco esquerdo rasgado. Contudo o agente do tenista disse ao The Canberra Times que o joelho estava "ótimo" e que um corte feio no pé era a razão pela qual não estaria em Paris na próxima semana.

"A cirurgia ao joelho correu tão bem quanto possível e a sua reabilitação foi fantástica e chegámos a um ponto em que estávamos a fazer carga e gestão no campo", disse Daniel Horsfall ao jornal: "Precisávamos de estar num ponto em que ele pudesse jogar confortavelmente cinco sets. Logo quando estávamos a entrar no período de carga, aconteceu o (alegado) assalto à mão armada em casa dele. Durante o assalto, cortou bastante o pé. Não está a cicatrizar correctamente e não consegue trabalhar no campo, por isso não treina há quase duas semanas".

Documentos judiciais citados pela emissora norte-americana ABC no início deste mês alegam que um homem apontou uma arma à mãe de Kyrgios antes de roubar o seu Tesla verde-limão perto da sua casa em Camberra. O tenista de 28 anos, que se encontrava nas proximidades, chamou a polícia e, utilizando uma aplicação no seu telemóvel, ajudou-os a localizar o carro. Não é claro como cortou o pé.

O finalista de Wimbledon de 2022, 26.º no ranking mundial, não joga em Roland Garros desde uma eliminação na segunda ronda em 2017. Nunca se deu bem na terra batida de Paris, alcançando a terceira ronda em apenas duas das cinco vezes que lá jogou.

Kyrgios teve um ano conturbado, declarando-se culpado em fevereiro de agressão a uma antiga namorada. Evitou uma condenação por aquilo a que o magistrado chamou "um único acto de estupidez".

A sua avó morreu esta semana.

"Parece que agora não consigo ter descanso", disse Kyrgios nas redes sociais, acompanhado de fotografias da sua falecida "Yiayia" - a palavra grega para avó: "RIP Yiayia, o melhor que podíamos pedir. Aproveita agora o teu tempo com o Papou".