Recorde as incidências da partida
“Apresentei-me em condições físicas que não estava à espera. É verdade que não joguei tantos encontros à melhor de cinco sets e achei que ia recuperar melhor do que recuperei. E, de certa maneira, fui desacreditando que podia ganhar. Não estive à altura do desafio e tenho de pensar no que poderia ter feito melhor, mas acho que tem a ver com a preparação que tem de ser melhor para a próxima”, avaliou o jogador português.
Depois de bater em cinco partidas o norte-americano John Isner na jornada inaugural, Nuno Borges, número um nacional e 80.º classificado no ranking ATP, foi eliminado hoje por ‘El Peque’, ex-top 10 mundial e atual 95.º classificado, por 7-6 (7-3), 6-4 e 6-3, ao fim de duas horas e 32 minutos.
“Poderia ter arrancado melhor no primeiro set, em que estive por cima, mas houve muitos altos e baixos no meu jogo, muitas vezes perdi-me. Muito calor e eu a ver a coisa a complicar-se. Até recuperei bastante bem das dores musculares, tive dois dias leves sem treinar muito. Queria estar a 100% para hoje, mas não consegui. Fiquei muito aquém do que queria estar numa ronda destas, num torneio destes”, confessou.
O jovem maiato, de 26 anos, havia derrotado Schwartzan na abertura do challenger de Phoenix, em março, mas em Paris encontrou um adversário diferente e com outras armas em terra batida, onde já conquistou três títulos ATP, foi duas vezes quarto finalista (2018 e 2021) e uma vez semifinalista (2020) no major francês.
“O Diego em terra é um bocadinho diferente, mas as condições até estavam boas, nem estavam muito lentas. Estas bolas não são as mais rápidas, mas aguentam bem nas jogadas longas. Não servi bem e ele, de fundo do campo, estava confortável. Os padrões dele não magoam muito, mas durante o encontro começam a pesar cada vez mais. Fui cometendo cada vez mais erros e ficando fisicamente cada vez menos disponível. Ele aproveitou bem essa situação”, explicou Borges.
Apesar da despedida na segunda ronda de um quadro de singulares que fica assim sem representantes portugueses, o português faz um balanço positivo da época até ao momento.
“Gostava de ter feito meias-finais, ganhar encontros e ganhar confiança em challengers, porque ganhar encontros dá confiança. Aqui todos os encontros são finais. Contra o (John) Isner, não estava a pensar no encontro seguinte, dei tudo o que tinha e paguei o preço, mas foi uma época de terra positiva. Consegui muito boas vitórias, sinto que o meu nível está a melhorar, mas em Grand Slams sinto que ainda estou longe de estar preparado para ganhar um torneio destes”, rematou Nuno Borges.