Carlos Alcaraz e o início de uma nova geração em Londres

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Carlos Alcaraz e o início de uma nova geração em Londres

Alcaraz e Djokovic em Londres
Alcaraz e Djokovic em Londres AFP
Em doze jogos em relva, incluindo os sete que o levaram a vencer Wimbledon no domingo, Carlos Alcaraz provou que é capaz de vencer qualquer um e em qualquer superfície, ao ponto de ser comparado aos 'Big 3'.

"Ele mostrou que é, sem dúvida, o melhor jogador do mundo. É capaz de jogar um ténis fantástico em diferentes superfícies e merece estar onde está", reconheceu Novak Djokovic, apesar da derrota na final.

Alcaraz deixou o sérvio de 36 anos sem o 24.º título de Grand Slam e o oitavo título na relva londrina.

Como se isso não bastasse, o jogador de Múrcia privou Djokovic da possibilidade de ganhar os quatro Grand Slams no mesmo ano, depois das vitórias de "Nole" na Austrália e em Roland Garros.

E isto porque, até este ano, a estrela espanhola não tinha dado sinais de sucesso na relva, ao contrário do que aconteceu no hard court (onde venceu o US Open no ano passado) ou na terra batida, onde já ganhou torneios de prestígio.

Mentalidade forte

"Ele surpreendeu toda a gente pela forma como se adaptou (...) Os seus slices, as suas devoluções, o seu jogo na rede, são impressionantes. Não esperava que ele jogasse tão bem em relva", reconheceu Djokovic.

Tanto assim que ele próprio, o único jogador a ter ganho cada um dos quatro torneios do Grand Slam em pelo menos três ocasiões, o compara aos três membros do "Big 3" que reinaram hegemonicamente no ténis nas últimas duas décadas: Roger Federer, Rafael Nadal e ele próprio.

Alcaraz e Djokovic com os seus troféus
Alcaraz e Djokovic com os seus troféusAFP

"Ele tem o melhor desses três mundos", disse Djokovic.

"A resiliência mental e a maturidade que são impressionantes para a sua idade, a mentalidade competitiva de um touro espanhol e a incrível capacidade de defesa que vimos no Rafa. E tem um backhand que se assemelha ao meu e que foi o meu forte durante anos", explicou o número 2 mundial.

"Ter alguém como o Novak, que eu admiro desde que comecei a jogar ténis, a dizer isso sobre nós, vai ser inesquecível", respondeu Carlos Alcaraz.

"A minha sensação é que estou pronto para viver este tipo de situação, para jogar jogos épicos com grandes lendas e em grandes palcos", acrescentou o espanhol.

Dúvida resolvida

Em todo o caso, há uma ideia que ficou enraizada na sua mente e na dos fãs de ténis, algo que a derrota nas meias-finais de Roland Garros, em junho, pode ter posto em dúvida: "Carlitos" pode vencer o melhor Djokovic.

"Antes desse jogo (na final), não tinha a certeza se seria capaz de vencer o Novak em cinco sets num jogo épico como este. Estar física e mentalmente bem durante cinco horas contra uma lenda", reconheceu o espanhol, que manteve o número 1 do mundo, ameaçado por Djokovic.

Depois da reforma de Federer, em 2022, e da semi-reforma de Nadal, em 2023, será que o feito de Alcaraz vai empurrar Djokovic para a porta de saída?

De momento, não parece que seja esse o caso, embora a derrota possa afetar a mentalidade do sérvio, que responde com "Espero que sim!" quando lhe perguntam se começou uma nova grande rivalidade.

"Ele ainda tem muito tempo no circuito, não sei. Veremos. Só jogámos três jogos um contra o outro. Três jogos muito disputados. Dois este ano, nas últimas rondas dos Grand Slams", explicou Djokovic, que espera "voltar a jogar contra Alcaraz no Open dos Estados Unidos, em setembro".