Recorde as incidências da partida

Surpresa maior no onze inicial do FC Porto, o regresso de Wendell à competição, 13 dias depois da lesão diante do Vizela, e diretamente para a titularidade. De resto, nos lugares dos lesionados Uribe e Galeno, Sérgio Conceição lançou Stephen Eustaquio e Toni Martínez.

Do lado do Rio Ave, em relação à equipa que venceu o Estoril (2-0), Luís Freire apostou em André Pereira, que marcou nesse jogo, no ataque, em vez de Leonardo Ruiz, além de João Graça no lugar de Miguel Baeza.

Antes do início do jogo, e com uma bandeira com a imagem de Christian Atsu agitada na bancada de uma das claques do FC Porto, Pepe e Guga, capitães de equipa, envergaram camisolas dos dois emblemas com o nome do extremo ganês, que faleceu na sequência do sismo na Turquia, e que representou ambas as equipas, as únicas durante a sua passagem por Portugal.

Quanto ao jogo, o FC Porto começou forte mas a primeira ocasião pertenceu ao Rio Ave. Já depois de, aos 19 minutos, servido por Costinha, ter desviado mas com o braço, André Pereira marcou mesmo aos 23 minutos, na recarga a um cabeceamento ao poste de Boateng, mas em fora de jogo do ganês.

Depois, aos 29 minutos, começou o espetáculo de Diogo Costa, guarda-redes do FC Porto: foi nesse momento que sacudiu para canto um livre bem batido por Samaris, um minuto antes de Guga, num remate de longe, em balão, obrigar Diogo Costa a uma enorme intervenção. Aos 34 minutos novamente o capitão do Rio Ave a testar a pontaria, uma vez mais o guardião do FC Porto seguro na defesa.

Foi nesse momento que do banco de suplentes do FC Porto seguiu um papel com novas indicações de Sérgio Conceição, retirando Taremi da marcação dos três centrais, e fazendo subir Stephen Eustaquio uns bons metros e a derivar para a esquerda, com Pepê a surgir em zonas interiores.

Quatro minutos depois, aos 38', recuperação de bola de Eustaquio, em zonas subidas, e Toni Martínez a optar pelo remate, de longe, e muito por cima da baliza de Jhonatan.

Em cima dos 45 minutos, o golo do FC Porto, no primeiro remate enquadrado com a baliza dos dragões: cruzamento de Wendell da esquerda, simulação de Taremi e  Toni Martínez, à ponta de lança, a surgir ao primeiro poste para o desvio, de primeira e de pé esquerdo.

De susto em susto até ao calafrio final

A segunda parte arrancou sem alterações nas duas equipas e com a primeira aparição do ataque do FC Porto novamente no corpo de Toni Martínez. Depois de um remate de Pepê, que resultou em canto, Eustaquio bateu a bola parada, da esquerda, e o avançado espanhol, de cabeça, atirou por cima da baliza de Jhonatan.

Aos 58 minutos, eis que o Rio Ave voltou a colocar a defesa do FC Porto em sentido. Transição rápida dos vila-condenses, com João Graça a desmarcar Boateng que, perante a pressão de João Mário e Pepe, rematou ao lado da baliza de Diogo Costa.

Aos 64 minutos, o inevitável Toni Martínez, desta vez desmarcado Taremi, a rematar, já em esforço, por cima, antes da resposta imediata do Rio Ave, de bola parada, com Guga a rematar por cima da baliza de Diogo Costa.

Aos 69 minutos Luís Freire foi o primeiro a mexer, retirando André Pereira e João Graça, lançando Leonardo Ruiz e Baeza, precisamente as duas alterações que havia feito em relação ao onze da última jornada.

Aos 72 minutos, jogo interrompido para assistência a Diogo Costa, lesionado no gémeo da perna esquerda, gerando preocupação no banco do FC Porto, a poucos dias do jogo com o Inter Milão, para a Liga dos Campeões.

Com o guarda-redes aparentemente recuperado, a vez de Sérgio Conceição mexer, retirando Wendell e Taremi para lançar Zaidu e Gonçalo Borges. E depois do susto, com a lesão, o susto na saída da baliza, aos 75 minutos: Diogo Costa saiu da baliza, chocou com Zaidu, não segurou e por pouco Leonardo Ruiz não chegou desviou para o 1-1, valendo o corte do mesmo Zaidu.

A dez minutos do final, Luís Freire lançou mais duas cartadas, retirando Josué Sá e Samaris, e lançando Sávio e Hernâni, desfazendo a linha de cinco defensiva, antes de Toni Martínez cair, em dificuldades físicas. Sérgio Conceição retirou, por isso, o avançado espanhol, aos 82 minutos, lançando Namaso, bem como André Franco, com Bernardo Folha para dentro das quatro linhas.

A derradeira alteração de Luís Freire foi Paulo Vítor, para o lugar de Costinha, aos 84 minutos, no risco possível, em 4x4x2, em pleno Dragão, a perder pela margem mínima.

Aos 88 minutos o FC Porto ficou pertíssimo de fechar o jogo, com um grande lance de Pepê na área, a ultrapassar dois adversários antes de assistir Namaso que viu Pantalon, com um corte crucial, evitar o 2-0.

Com sete minutos de compensação, e com o jogo em aberto, de parada e resposta, Grujic, aos 90+5', já dentro da área, rematou para defesa de Jhonatan, antes de no minuto seguinte Boateng ter uma perdida incrível: sozinho, na cara de Diogo Costa, ganhando a frente a Marcano e servico na perfeição pelo cruzamento de Hernâni da direita, cabeceou ao lado da baliza do FC Porto. Um calafrio final num dragão que venceu, sim, mas esteve longe de convencer. Mérito, muito, do Rio Ave.

Homem do jogo Flashscore: Pepê (FC Porto)