Matheus Reis: "FC Porto? Vamos muito fortes em busca da vitória"

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Matheus Reis: "FC Porto? Vamos muito fortes em busca da vitória"
Matheus Reis cumpre a terceira época no Sporting
Matheus Reis cumpre a terceira época no SportingLUSA
Matheus Reis, defesa brasileiro de 27 anos do Sporting, deu uma entrevista à Betano, onde passou em revista a sua carreira, desde a chegada a Portugal e ao Moreirense, em 2018, até aos leões, onde cumpre a terceira época, já com um título de campeão nacional. O clássico de domingo com o FC Porto, a próxima eliminatória europeia, Rúben Amorim, o plantel do Sporting e a seleção brasileira (e portuguesa) foram temas incontornáveis.

Como encara o clássico com o FC Porto? "Da mesma maneira, com o foco em ganhar sempre e em fazer uma ótima exibição diante dos nossos adeptos. Estamos a jogar em casa e temos de fazer valer a pena isso. Vamos muito fortes em busca da vitória".

Motivados para a vitória? "Muito, muito motivados. Gostamos de jogos grandes e estamos preparados para fazer uma boa exibição e sair com a vitória".

Nervosismo extra para o clássico? "Todos os jogos para mim são como se fosse o último e faço a minha preparação da melhor maneira possível, em termos de concentração e alimentação. Tudo é focado para chegar ao jogo o mais pronto possível e dar tudo de mim dentro de campo para ajudar os meus companheiros em ir em busca da vitória, o único resultado que importa".

Não existe mesmo um "nervoso miudinho" extra? "Todos os jogos têm essa sensação. Aquele 'negócio' na barriga. E isso é muito bom, deixa-te preparado para o que vem aí".

Inspiração extra a jogar em Alvalade? "Muito mais, os nossos adeptos são incríveis, ajudam-nos e apoiam-nos muito e quando o estádio está lotado a gritar por nós, é mais motivador".

Avançado mais difícil de defrontar em Portugal? "Já joguei contra o Paulinho, quando ele estava no SC Braga e eu no Rio Ave, e foi muito difícil de marcar. A Liga portuguesa tem avançados cada vez melhores, todos os jogos temos de estar concentrados ao máximo para não sermos surpreendidos".

Terceira época no Sporting: "Muito feliz. Quando cheguei, fui muito bem recebido, adaptei-me muito bem, é um grupo muito unido. Estou muito feliz, cada vez mais adaptado e espero ajudar cada vez mais para que consigamos alcançar todos os objetivos."

Carinho dos adeptos: "Sinto-me respeitado. Quando cheguei, acredito que tinha muita coisa para provar e muitos não me conheciam. Estava a vir de uma equipa que não tinha tanta expressão em Portugal como o Sporting. Mas nada como o tempo e fui provando a cada jogo, a cada oportunidade, e acredito que hoje sou muito respeitado."

Melhor momento da carreira: "Sim, embora tenha muito para evoluir. Acredito muito no meu potencial e sei que posso crescer muito. O mister e a equipa têm-me ajudado muito nisso, tenho muito mais para dar a esta equipa e a este clube e vou dedicar-me cada vez mais para poder ajudar."

Consistência nas exibições: "É muito fácil fazer um jogo bom e depois acaba por fazer-se um jogo que não é tão bom. O mais difícil é isso, manter essa consistência sempre. Eu entro para cada jogo como se fosse o último e para mim cada oportunidade é sagrada, não existe amanhã. O jogo é ali e agora e levo muito dessa forma e acredito que, por isso, venho tendo sucesso."

Entendimento com Nuno Santos: "Muito bom, já nos conhecíamos do Rio Ave, jogámos lá e tivemos muito sucesso juntos. Antes de vir para o Sporting tive uma conversa com o Nuno e ele disse-me que o mister tinha perguntado por mim, como é que eu era. Conheço bem o Nuno, sei que ele gosta muito de subir, assim cubro-o, muitas vezes vou na posição dele e ele vai na minha. Estamos super adaptados, gosto muito de jogar com ele e temos muito para acrescentar à equipa."

Centrais do Sporting: "Muito bem também. Temos o Coates, o nosso capitão, que ajuda bastante, é um jogador muito experiente. Temos o Luís Neto, o Inácio, o Jer (Jeremiah St. Juste) que chegou agora. São todos jogadores muito bons, que nos ajudam e esta concorrência faz com que melhores a cada dia. Entendo-me muito bem com eles."

Liderança de Coates: "Muito boa, muito importante. É um jogador que é um exemplo dentro e fora do campo. Desde que cheguei, ajudou-me e continua a ajudar-me bastante. É um capitão exemplar, que todos temos de seguir."

Eliminatória do play-off de acesso aos oitavos de final da Liga Europa, com o Midtjylland? "Vai ser muito difícil, é uma eliminatória e não há margem para erros. Temos de entrar muito concentrados, fazer o nosso trabalho, entrar fortes e vencer".

Balneário unido do Sporting? "Com certeza. Nas contratações que o Sporting faz, o mister vai buscar jogadores bons dentro do campo, mas também fora, jogadores bons de grupo. Todos os jogadores que chegam aqui sabem ouvir e querem crescer na carreira, por isso é que o balneário é tão bom".

Segredo do campeonato conquistado? "Estava há seis meses sem jogar e sem treinar no meu antigo clube. Não foi fácil passar por essa etapa na minha carreira, mas mantive-me forte e quando cheguei aqui, uma semana depois estreei-me e vencemos com o Gil Vicente. Lembro-me como se fosse hoje: estávamos a perder até aos últimos minutos e conseguimos virar o jogo. Chegar e ser campeão pelo Sporting, 19 anos depois, foi muito especial e uma coroação por tudo o que passei até chegar aqui. Foi muito especial e depois ganhei mais títulos e vamos buscar cada vez mais".

Ambições de carreira aos 27 anos? "No momento é conquistar mais títulos no Sporting. É como se fosse uma necessidade, ajudar a fazer história neste clube".

Seleção brasileira é objetivo? "Sim, sempre foi um objetivo, mas já completei cinco anos em Portugal e estou a tirar o meu passaporte, por isso deixo as portas abertas, quem sabe. Ir para o Brasil ou se tiver uma oportunidade na seleção de Portugal, seria uma honra enorme".

Qualidades de Rúben Amorim? "São várias qualidades e tem sido muito bom. Desde que cheguei, tenho crescido e aprendido mesmo muito com ele. É um treinador espetacular com o grupo e com os jogadores, fala na cara tudo o que precisa de falar, não fica de "papinho" por trás, pois sabemos que há muitos treinadores assim. Não só ele, mas toda a equipa técnica é da mesma forma, é muito bom trabalhar com pessoas verdadeiras, que falam o que é verdadeiro e o que está bom e não está tão bom".

Ser ex-jogador é vantagem de Rúben Amorim? "Com certeza, faz diferença total. Ele diz sempre 'eu já fui jogador, sei o que vocês estão a pensar'. Já trabalhei com um treinador que nunca tinha jogado à bola e é diferente o sentimento e como se veem alguns detalhes".

Adaptação ao futebol português? "O começo foi bem difícil, fazia muito frio. Eu estava emprestado pelo Bahia e nesta cidade há muito, muito calor. Cheguei no início de janeiro e no norte de Portugal faz mais frio. O início foi muito difícil e no clube também foi difícil, pois não jogava muito. Mas sempre tive a mentalidade de acreditar em mim e continuar a trabalhar, sabendo que uma hora a oportunidade ia chegar. Evolui muito taticamente como lateral e isso cobra-se muito aqui na Europa. No Brasil, um lateral ataca mais do que defende, mas aqui na Europa aprendi a defender".

Ídolo, na vida e no futebol? "Na vida é o meu pai, por tudo o que já passou, por tudo o que batalhou pela minha família e por mim. O meu pai e a minha mãe são os meus heróis. No futebol, o meu ídolo sempre foi o Pelé, que faleceu recentemente, mas quem me levou a gostar de futebol foi o Ronaldinho Gaúcho".

Sporting é clube diferente? "Sinto muito isso, é como uma família. O cuidado que têm connosco e a atenção dos adeptos quando nos encontram na rua, a admiração e o respeito que têm por nós. É um clube que cuida muito dos seus e isso motiva-nos a querer dar tudo pelo sucesso do clube. Estou muito feliz no Sporting e espero continuar muito tempo".