Vítor Pereira: "Só se fosse maluco é que não pensaria no que este projeto oferecia"

Publicidade
Publicidade
Publicidade
Mais
Publicidade
Publicidade
Publicidade
Vítor Pereira: "Só se fosse maluco é que não pensaria no que este projeto oferecia"
Vítor Pereira explicou os contornos que o levaram ao Flamengo
Vítor Pereira explicou os contornos que o levaram ao FlamengoFlamengo
Oficialmente apresentado esta tarde como novo treinador do Flamengo, Vítor Pereira prometeu "trabalhar forte" e deu a conhecer a sua versão sobre a polémica saída do Corinthians.

"Estive calado este tempo todo, muito se disse, muitas críticas... Esta é a verdade porque só eu conheço a verdade. A minha vinda para o Brasil há um ano acontece de uma forma... Não estava na minha perspetiva vir para cá, surgiu o convite e eu e a minha equipa técnica decidimos vir, perceber a realidade daqui, a qualidade do futebol. Assinámos um ano, não dois nem três, foi um", começou por dizer, assegurando que o contrato "foi cumprido na íntegra com a responsabilidade, sofrimento, muitas noites sem dormir, dando tudo de mim como dei sempre".

"Nunca me passou pela cabeça ficar, e isso foi sempre transmitindo ao clube. Acabaria o contrato e ia para casa porque infelizmente a minha família lida com uma situação séria. Pelo desgaste que essa situação de saúde provoca, decidi ir e fui sempre honesto com todos no clube. Prova disso é que dois dias antes o clube pediu-me para fazer uma declaração para os adeptos sobre o grande motivo para ir embora e eu fiz. Não houve mentira nenhuma. Isto é a verdade", acrescentou o treinador português.

Contudo, posteriormente, surgiu a oportunidade de orientar o Flamengo, algo que fez Vítor Pereira repensar os planos. 

"Já depois do campeonato ter acabado, surge o Flamengo. Nunca me tinha passado pela cabeça ficar no Brasil, surge a conversa, e fiquei a pensar. Com um plantel de qualidade que permite lutar pelos títulos não há nenhum treinador do Mundo que não fique a pensar. E foi o que fiz, sabendo que tinha o problema em casa para resolver", revelou.

Depois de abordar a família, o técnico decidiu aceitar a proposta feita e defende não ter ficado "a dever nada a ninguém".

"Com quem tenho de falar? Com a família. Se a minha família entendeu que sim, que podemos lidar com a situação de saúde que temos em casa mas que o desafio profissional era importante para a minha carreira, a partir daí tive de tomar uma decisão. Tenho o direito de decidir a vida por mim, se fiquei a dever alguma coisa foi à minha esposa. Dei tudo de mim. O meu staff não conseguiu acompanhar, não conseguiram resolver. Tenho de agradecer a maneira como fui tratado, retribuir, mas não fiquei a dever nada a ninguém, só à minha família. Só se fosse maluco é que não pensaria no que este projeto oferecia", sublinhou, antes de falar sobre Jorge Jesus, que passou também pelo Flamengo e com quem admite ter tido uma relação complexa, mas que se tornou, depois, numa "certa amizade".

"Ele é um bocadinho como eu, com toda a emotividade junto da linha de jogo", referiu.