Kallon fugiu dos terroristas que invadiram a Serra Leoa, há sete anos, e demorou oito meses, de barco, para chegar a Itália.
"17/2/2016: a minha chegada a Itália foi um dia que lembrarei para sempre. Mudou radicalmente a minha vida. Há sete anos eu era um rapaz assustado, que tinha medo se não ser capaz de o fazer, se não ser capaz de superar a grande prova e, sobretudo, o desafio que a vida me colocou. A longa viagem de medos, ansiesades e obstáculos. No final consegui", escreveu Kallon na sua emocionante carta.
"Ainda tenho muitos outros objetivos a alcançar, sobretudo humanos, pelos quais continuarei a fazer o meu melhor", acrescentou Kallon.
"Um agradecimento especial à minha mãe Grazia Matranga, ao meu agente, Bordonaro, e sobretudo um agradecimento especial a Génova, a minha primeira casa, em Savona", escreveu o avançado, que termina com um agradecimento ao Verona, onde chegou esta temporada, emprestado pelo Génova.
"Obrigado pela grande oportunidade que me deram este ano, num clube onde fui muito bem recebido e numa bela cidade", agradeceu Kallon.
Yayah Kallon começou no futebol italiano pelo Savona, em 2018/2019, antes de rumar ao Génova, na temporada seguinte, tendo-se estreado na equipa principal em 2020/2021. Depois de na última época ter feito 17 jogos e um golo pelo Génova, este ano foi emprestado ao Hellas Verona, onde soma 16 jogos e um golo.