Análise: A bolha financeira da Premier League

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Análise: A bolha financeira da Premier League
Os clubes ingleses estão a gastar mais dinheiro que nunca
Os clubes ingleses estão a gastar mais dinheiro que nuncaProfimedia
Os clubes da Premier League voltaram a bater recordes de gastos no mercado de inverno, com praticamente 915 milhões de euros gastos durante o mês de janeiro. Feitas as contas, foram investidos três mil milhões de euros só esta temporada, pulverizando todos os recordes que existiam até agora. O Flashscore traça-lhe uma análise completa deste fenómeno, da engenharia financeira criada pelo Chelsea e do binómio vantagens/desvantagens do fair-play financeiro.

Parece uma história interminável, a cada novo episódio de milhões de euros gastos pelos principais clubes ingleses, de modo a manterem-se competitivos internamente.

Tanto assim é que mesmo os clubes mais modestos da Premier League investem igualmente enormes verbas para evitar a descida de divisão, levando a que presidentes e responsáveis das outras principais ligas europeias continuem a questionar a forma como se gasta, e quanto se gasta, no principal campeonato inglês.

As enormes quantias de dinheiro gastas, inflacionadas pelo investimento privado nos clubes ingleses, já não são nada de novo no mundo do futebol, com os adeptos da Premier League acostumados aos vários algarismos gastos a cada contratação que passa.

Desde os tempos dos oligarcas russos e investidores privados até aos grupos de investimento liderados por celebridades, parece não existir um fim para este tsunami de milhões a inundar a Premier League. A pergunta, porém, permanece: como chegámos aqui e quando irá isto terminar?

"A bolha continua a crescer"

"Faço isto há 15 anos e todos os anos oiço a mesma pergunta: 'Quanto é que a bolha rebenta?", diz ao Flashscore Rob Wilson, especialista em finanças do futebol na Universtidade de Sheffield Hallam.

"Ingenuamente, quando comecei a trabalhar neste setor, pensei: 'Isto vai rebentar em breve, não podem continuar com estas perdas por muito mais tempo'. Mas o que temos visto é que a bolha continua a crescer. Foi isso que vimos com a Superliga Europeia. De todas as falhas associadas a esse projeto, o que era realmente promissor na ideia era um pacote de direitos televisivos muito maior para determinados clubes. Daí que, na verdade, teríamos assistido a um aumento substancial do número de zeros nas finanças do futebol", explica Rob Wilson.

A Premier League vende os direitos televisivos por verbas consideravelmente superiores aos outros campeonatos europeus
A Premier League vende os direitos televisivos por verbas consideravelmente superiores aos outros campeonatos europeusProfimedia

O futebol inglês tem dominado todas as tabelas financeiras das ligas de elite do desporto há várias décadas, mais precisamente desde a criação da Premier League, como a conhecemos, em 1992. Enquanto os maiores clubes da Serie A italiana e da La Ligs espanhola continuaram a atrair os melhores talentos e as grandes estrelas ao longo dos anos 90, a Premier League estrangulou-se na viragem do milénio.

O boom da Premier League não foi imediato. Na verdade, foram vários anos de construção.

O rastilho dos direitos televisivos

"Se pensarmos nos anos 50, 60 e início dos 70, e na situaçã do futebol profissional, podemos dizer que foi ilustrado pelo excesso de despesas e péssimas infra-estruturas. Tínhamos coisas como estádios mesmo muito maus, pobres, e muito hooliganismo. As coisas não estavam, de facto, num bom lugar", começa por recordar Rob Wilson, em conversa com o Flashscore.

"Depois, nos anos 80, surgem os desastres: Heysel, Bradford e Hillsborough. Foram realmente consequências do hooliganismo, das péssimas condições dos estádios e do policiamento deficiente. Havia a ideia de que o futebol era apenas um desporto pós-industrial, que deveria continuar naquela idade das trevas. E, enquanto as pessoas jogavam futebol, o espectador, de desporto e de entretenimento, estava essencialmente morto", acrescenta o professor.

Foi nessa altura, nos anos 80, que a Primeira Divisão inglesa começou as primeiras negociações com a BSkyB e a British Sattelite Broadcasting, duas empresas que na altura eram deficitárias. Foi nessa altura que ambos os grupos avançaram para uma fusão. E, ao fazê-lo, optaram por utilizar o desporto como forma de gerar novas subscrições dos seus produtos, o que acabaria por trazer estabilidade à empresa. E, consequentemente, lucros.

"Dessa forma, em 1992 nasce a Premier League, constituída com 38 milhões de libras. Nessa altura, os direitos televisivos eram basicamente uma promessa para todos os clubes. 'Vamos resolver todos os vossos problemas fora do campo, com estas esmolas. E depois com elas podem melhorar as vossas equipas.' A verdade é que essa fórmula permitiu ao futebol inglês avançar 30 anos", defende Rob Wilson.

O dinheiro tem continuado a rolar desde então. O atual acordo da Premier League com Sky Sports, BT Sport e Amazon, para a transmissão de todos os jogos, válido entre 2022/2023 e 2024/2025, vale cinco mil milhões de libras, ou seja, acima dos 5,6 mil milhões de euros. E a licitação para o próximo ciclo de venda de direitos está agendada para o final deste ano.

Segundo o Sportscriber, na época 2021/2022 cada clube da Premier League recebeu cerca de 38 milhões de euros resultantes dos direitos televisivos, com clubes como o Manchester City, Manchester United, Liverpool, Arsenal e Chelsea a receberem um valor adicional, entre 30 e 40 milhões de euros, com base no facto de terem mais jogos a serem transmitidos em direto.

Os números vão caindo à medida que descemos na tabela classificativa, culminando com o pagamento mais baixo de todos ao Sheffield United: ainda assim, no total, recebeu uma soma total de 100 milhões de euros.

Embora o pacote de direitos televisivos da Premier League não esteja, atualmente, no topo da valorização - em 2019 reduziu dos 5,6 mil milhões de euros para os 5 mil milhões devido à pandemia de Covid-19 -, o que separa o campeonato inglês das outras principais ligas europeias é o seu pacote de direitos internacionais. È aqui que o fosso começa realmente a ser visível.

"A Premier League criou territórios internacionais e vende o seu pacote de direitos televisivos de uma forma distinta. Há 20 anos, haviam pacotes diferentes para, por exemplo, América do Sul, América do Norte ou Ásia. Agora, esses pacotes estão divididos por países. Ou seja, na América, agora, há Canadá, México, Brasil, Estados Unidos, etc. E o total cumulativo desses pacotes, vendidos por país, é muito mas mesmo muito mais elevado do que era na divisão continental. Acho que ainda há um caminho a percorrer em termos de direitos televisivos internacionais, o que significa que o mercado, para a Premier League, ainda está a aumentar. Mas não veremos o crescimento doméstico que temos visto nos últimos 25 anos. Isso é certo", garante Rob Wilson.

A busca por bolsos mais fundos

Naturalmente, as enormes quantias de dinheiro da Premier League tornam-se atrativas para qualquer investidor. E como o futebol inglês foi-se tornando cada vez mais lucrativo, o teto foi aumentando para todos aqueles que queriam entrar no tabuleiro.

"Nos anos 60, 70 e 80, o teto era para o empresário local, que se saía muito bem e salvava a sua equipa de futebol. Agora, os bolsos são bem mais fundos. Com o dinheiro gerado pelos direitos televisivos, pela profissionalização, pelo desenvolvimento dos estádios, pelo melhor negócio de entretenimento, que foram gerando mais direitos de transmissão, mais patrocínios, ainda mais direitos comerciais, tornou-se necessário substituir o empresário local pelo empresário nacional. Depois, no início do milénio, esta bola de neve tornou o empresário nacional... pequeno. Entraram neste jogo os empresários estrangeiros, com bolsos ainda mais fundos. Ou seja, o problema central nunca desapareceu. O número de zeros à direita acaba por aumentar consoante as receitas que são oferecidas. Como resultado, temos quase uma relação linear entre as perdas dos clubes e a receita que chega dos direitos de transmissão. A Premier League tornou-se tão globalizada que estamos agora na fase dos proprietários multimilionários. Estamos na fase em que já existe mesmo investimento estatal, com famílias reais e fundos soberanos, como estamos atualmente a assistir no Newcastle, e podemos ver em breve no Manchester United", explica Rob Wilson.

O Newcastle é agora propriedade de fundos soberanos da Arábia Saudita
O Newcastle é agora propriedade de fundos soberanos da Arábia SauditaAFP

À medida que o jogo evoluiu fora do campo, também os processos regulamentares que o tornaram mais atrativo mudaram, permitindo a entrada desses fundos de investimento, que buscam lucrar com um produto de entretenimento à escala global. 

Tudo isto deu origem a novos termos no léxico do futebol, como a "lavagem desportiva" - nações com reais problemas de direitos humanos, que procuram legitimar-se aos olhos do mundo através do desporto mais popular do mundo, o futebol. O último exemplo, uma vez mais, o Newcastle, propriedade efetiva do fundo público da Arábia Saudita.

Outra questão, sobretudo quando falamos do Médio Oriente, é que as reservas naturais de petróleo, e os recursos que conduzem à sua riqueza, estão a esgotar-se rapidamente.

"Muitas empresas do Médio Oriente estão a pensar como vão continuar a gerar riqueza quando isso acontecer. E decidiram que o futebol é o caminho a seguir. Por isso, estão a investir muito enquanto têm os seus recursos naturais, para depois colherem os benefícios através do turismo, utilizando programas de eventos importantes, como foi o Mundial ou as finais de competições domésticas importantes", explica Rob Wilson.

Os negócios do Chelsea

Um dos pontos-chave do último ano tem sido os negócios financeiros do Chelsea, cuja propriedade foi vendida de forma apressada por Roman Abramovich, perante o congelamento de bens do oligarca russo no Reino Unido, no meio das sanções impostas pela invasão russa à Ucrânia.

Tecnicamente, o Chelsea não deveria ter sido vendido. O governo britânico, porém, fez concessões "devido ao bem público que é o futebol", diz Rob Wilson.

Abramovich foi autorizado a vender o Chelsea e a montanha... russa teve uma nova versão
Abramovich foi autorizado a vender o Chelsea e a montanha... russa teve uma nova versãoProfimedia

"Se alguém quisesse ser realmente duro, podia ter dito que a venda nunca devia ter acontecido e o governo devia ter assegurado que esse bem permanecia congelado", acrescenta o professor.

Se o governo britânico teria feito o mesmo num clube mais pequeno e menos poderoso financeiro? A questão continua por responder.

Abramovich traçou o caminho

Roman Abramovich criou, indubitavelmente, o caminho aos grandes investimentos estrangeiros na Premier League, quando em 2003 comprou o Chelsea por 140 milhões de libras. Aí, deu início a uma nova tendência de contratar estrelas internacionais, devolvendo o novo e rápido sucesso a Stamford Bridge e desencadeando debates sobre a ideia de poder "comprar um campeonato".

"O Chelsea perdeu, durante a era Abramovich, algo como um milhão de libras por semana. Era totalmente insustentável como modelo de negócio. Depois da criação do fair-play financeiro, tornou-se muito mais sustentável. E é aí que entra o termo do doping financeiro: acumula-se muito dinheiro no início e depois colhe-se o benefício desse sucesso. Foi isso que também aconteceu no Manchester City", lembra Rob Wilson.

"Eventualmente, tanto Abramovich no Chelsea como Mansour no Manchester City, perceberam que precisavam de ser mais responsáveis. Mas já tinham investido para o desempenho desportivo subir. E se o desempenho desportivo subir, o dinheiro também cresce, uma vez que estão nas competições europeias, estão a vencer a Liga dos Campeões, estão a conquistar a Premier League", explica Rob Wilson ao Flashscore.

"Abramovich devia algo como 2,2 mil milhões de libras esterlinas pela aquisição do clube e penso que o total do negócio final foi de cerca de 4,2 mil milhões de libras, divididos de duas formas. Bohley comprou o clube e a dívida de Abramovich por 2 mil milhões de libras, e depois colocou mais 2 mil milhões de libras, para custos de infra-estruturas e investimentos associados à aquisição. Isto ajuda a compreender porque estão a fazer estas operações no mercado de transferências. Há mais liquidez", acrescenta Rob Wilson.

Amortizações e contratos de oito anos

"O Chelsea está a contratar jogadores com contratos extremamente longos para amortizar os custos das transferências ao longo dos anos. Por exemplo, um jogador como Enzo Fernández, que custa 120 milhões de euros, assina por oito anos. Isso leva a que o clube possa amortizar algo como 15 milhões de euros por ano, ao longo de oito anos, cumprindo asssim o fair-play financeiro. Ou seja, nunca pagou 120 milhões de euros por nenhum jogador numa época", explica Rob Wilson.

Mudryk custou 70 milhões, num negócio que pode chegar aos 100
Mudryk custou 70 milhões, num negócio que pode chegar aos 100AFP

Esta engenharia financeira torna o Chelsea economicamente viável aos olhos do fair-play financeiro, permitindo ao clube novas aquisições a curto prazo. A desvantagem deste modelo é que as despesas nos próximos anos já existem, vezes sem conta, podendo causar problemas a longo prazo, algo que o Manchester United tem vindo a sentir na pele.

"A razão pela qual o Manchester United esteve praticamente parado em janeiro é que os custos de transferências passadas custam neste momento mais de 300 milhões de euros. Até que isso esteja saldado, vão ter dificulades em investir em transferências definitivas. O Chelsea ainda não tem esse problema, uma vez que foram adquiridos recentemente e todas as dívidas passadas foram saldadas. Outra coisa que podem fazer é dar a um jogador cino anos e contrato e, daqui a um ano, renegociar o contrato e renová-lo por mais cinco anos. Foi isso que o Manchester City fez no passado para se tornar mais viável", revela Rob Wilson.

Esta tática levada a cabo pelo Chelsea, tanto no verão como agora, em janeiro, pode igualmente ter os dias contados, uma vez que os organismos que tutelam o futebol mundial e europeu estudam medidas para impedir esta forma de doping, procurando cortá-la rápida e silenciosamente pela raiz. 

"Há já uma lei prestes a ser apresentada, através de uma regulamentação para que não se possa colocar a amortização num prazo superior a cinco anos. Mas depois existem outras questões, porque esse limite pode ser considerado anti-concorrencial, razão pela qual muitas vezes não falamos de limites salariais, porque não se deve ditar o que as pessoas podem ou não podem ganhar", explica Rob Wilson.

"Embora seja eticamente questionável e potencialmente não competitivo, não é, na essência, ilegal. A questão é: Pode o West Ham fazer isso? Não, não pode. E devemos permitir que outros o façam?", questiona o especialista em finanças do futebol.

Fair-play financeiro: uma ajuda ou um impedimento?

Com os clubes a encontrarem sempre uma forma de desviar-se das regras impostas, e a reforçarem o seu estatuto de elite com repetidos sucessos e qualificações europeias, percebe-se que a ideia do fair-play financeiro, embora bem intencionada, tenha tido um impacto tremendamente negativo na ideia de competição justa no futebol - sobretudo em Inglaterra.

Enquanto os clubes de base, que não os denominados big six de Inglaterra, bem como os de escalões inferiores, estão limitados em comparação com emblemas como Manchester City e Chelsea, que participam regularmente na Liga dos Campeões, teve a regra do fair-play financeiro algum efeito próximo do inicialmente desejado? Ou apenas alargou o fosso que já existia? A resposta nem sempre parece clara para o adepto mas Rob Wilson, ao Flashscore, defende que os aspetos positivos acabam por superar os negativos.

O Manchester City investiu muito antes da introdução do fair-play financeiro
O Manchester City investiu muito antes da introdução do fair-play financeiroAFP

"Filosoficamente, o fair-play financeiro virou o barómetro dos clubes para a sustentabilidade financeira. Se não tivesse sido criado, teríamos visto muitos clubes a gastar em excesso. E não creio que tenhamos tido, em nenhum lugar, esse número de clubes que teriam existido se não houvesse esta regra. Ajudou os investidores, que adquiriram estes clubes, a serem mais inteligentes nos negócios e menos emotivos na hora de comprar, pelo que esses clubes estão numa posição financeira muito mais segura do que poderiam estar sem a regra", explica Rob Wilson.

"No entanto, o fair-play financeiro também alimentou uma redução do equilíbrio competitivo, o que significa que os clubes mais poderosos estão a emergir e a deixar todos os outros para trás", defende o especialista em finanças do futebol, dando um exemplo concreto.

"O Everton não tem estado nas competições europias e tem vindo a acumular enormes perdas operacionais. Estão a passar por vários problemas. Se entrar na Liga dos Campeões todas as épocas, passa a ser, a cada ano, 60 milhões de euros mais rico do que qualquer clube da Premier League. É simples", explica.

A importância de saber gerir

Vivemos, então, a era em que os adeptos desejam que um magnata aterre no estádio e compre o seu clube para, só assim, conseguir vê-lo no topo do futebol europeu?

"A ideia de um proprietário rico chegar e tudo ficar resolvido já não funciona da mesma forma, desde a criação do fair-play financeiro. O Fundo de Investimento Público da Arábia Saudita não pode fazer com o Newcastle o que o Manchester City fez há cerca de dez anos. Não podem simplesmente chegar ao clube e dizer: 'Temos mil milhões? Vamos comprar jogadores', porque isso iria violar o fair-play financeiro", explica Rob Wilson.

"A regra desafia os clubes a funcionarem de forma diferente: apostam em gestores competentes, com todas aquelas receitas marginais bem trabalhadas, em vez de estar sempre a gastar dinheiro com jogadores. Em 2010, se Abramovich tivesse chegado ao Chelsea e dito: 'Pessoal, aqui estão as chaves do clube, está aqui o dinheiro, é tudo vosso', teria entrado logo na administração do clube, porque não havia receitas suficientes para pagar os custos de funcionamento do clube. É isso que temos de evitar. Daí que os regulamentos do fair-play financeiro tenham sido úteis", refere o professor.

Sem fim à vista no fluxo de dinheiro que entra diariamente na Premier League, é provável que o poder de compra do futebol inglês não abrande em breve.

Enquanto os adeptos do Barcelona vêem o futuro decidido num jogo, enquanto os patrões da Serie A exaltam-se sobre o poder de compra do Bournemouth, o enorme apelo global do futebol inglês significa que uma oportunidade de investimento nunca está longe de um qualquer clube em dificuldades financeiras. Que seja para lavagem desportiva, quer seja para um documentário da Netflix.

À medida que os zeros são adicionados aos custos de financiamento, também eles crescem do lado das receitas, particularmente porque os clubes da Premier League continuam a chegar, continuamente, às fases finais das principais competições europeias.

No entanto, é improvável que possamos assistir, a breve prazo, a nova transformação ao estilo do Manchester City ou Chelsea. Mas com o dinheiro a fluir de cima para baixo - e mais de metade dos 20 clubes mais ricos da Europa são ingleses - parece não haver fim à vista no domínio de gastos efetuados pela Premier League no mercado de transferências.

O último livro de Rob Wilson, "The Economics and Finance of Professional Team Sports" está disponível para compra