Antigo presidente de federação internacional de biatlo julgado na Noruega por corrupção

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Antigo presidente de federação internacional de biatlo julgado na Noruega por corrupção

Anders Besseberg em 2017
Anders Besseberg em 2017BARBARA GINDL/AFP
O julgamento por corrupção agravada do antigo presidente da Federação Internacional de Biatlo (IBU), o norueguês Anders Besseberg, suspeito de ter encoberto casos de dopagem de atletas russos em troca de favores, começou esta terça-feira em Hokksund (sul da Noruega).

De acordo com a acusação, entre 2009 e 2018, Besseberg aceitou relógios de luxo, festas de caça exclusivas, prostitutas e um carro alugado. O homem de 77 anos, que foi presidente da IBU de 1992 a 2018, nega qualquer irregularidade.

"Porque é que os russos queriam os favores de Besseberg? Porque é que a Infront (compradora dos direitos) estava interessada em pagar subornos? Vamos tentar provar isso", começou por dizer a procuradora Marianne Djupesland na abertura do julgamento, citada pela agência noticiosa da Noruega NTB.

Este primeiro dia de audiências no Tribunal Distrital de Buskerud, 60 quilómetros a oeste de Oslo, será dedicado à apresentação dos factos pela procuradora e aos argumentos da defesa.

As acusações contra o antigo dirigente mundial de biatlo refletem as conclusões de um relatório publicado em janeiro de 2021 por uma comissão independente criada pela Federação. A comissão, criada pelo sueco Olle Dahlin, que sucedeu a Besseberg à frente da IBU, concluiu que o norueguês protegeu os interesses russos durante muitos anos com a ajuda da diretora-geral, a alemã Nicole Resch.

Com base no testemunho de denunciantes, em buscas efetuadas pelas polícias austríaca e norueguesa e num relatório da Agência Mundial Antidopagem (AMA), o documento concluiu que Anders Besseberg recebeu pelo menos 200.000 dólares (182 780 euros) de funcionários russos, foi convidado para festas de caça na Rússia e recebeu os serviços de prostitutas.

Se as acusações forem provadas, Anders Besseberg poderá ser condenado a uma pena de prisão até dez anos. O julgamento deverá prolongar-se até 16 de fevereiro.