A sua equipa precisa de mais uma vitória contra os Miami Heat para garantir o primeiro título de campeão da NBA, depois de a vitória de sexta-feira no Sul da Florida lhes ter dado uma vantagem de 3-1 na série.

De regresso a casa na segunda-feira, as probabilidades favorecem os Nuggets que, nos últimos dois jogos, venceram os Miami em todos os aspetos do jogo.

O público da casa vai aparecer à espera de uma celebração e os especialistas vão falar do facto de o Denver precisar simplesmente de acabar com a série, mas Malone sabe que esse tipo de disposição significa perigo.

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"A minha maior preocupação quando entro em qualquer jogo de encerramento é a natureza humana e lutar contra ela", disse aos jornalistas.

"Estamos a ganhar por 3-1. A maior parte das equipas, quando está a ganhar por 3-1, vem apanhar ar. Relaxam e dão como certo que 'oh, vamos ganhar isto'", disse ele.

"O que é bom para nós é que, desde a bolha (da Covid), estivemos a perder por 3-1. Voltámos e ganhámos. Sabemos que tudo é possível", disse.

Há três anos, os Nuggets conseguiram a relativamente rara reviravolta na série duas vezes na mesma pós-temporada.

Derrubaram a vantagem de 3-1 dos Utah Jazz na primeira ronda da Conferência Oeste e fizeram o mesmo contra os Los Angeles Clippers nas meias-finais.

Por isso, Malone disse à sua equipa para se colocar no lugar de Miami e jogar como uma equipa que tem de ganhar para sobreviver na série.

"É por isso que a minha mensagem para a nossa equipa (no domingo) foi que a nossa abordagem tem de ser a de que estamos a perder por 3-1. Eles estão desesperados; nós temos de estar mais desesperados. Eles estão com fome; nós temos que ter mais fome", disse ele.

"Não há como comemorar depois do quarto jogo. Temos outro jogo para ganhar, e o jogo de encerramento é sempre o mais difícil de todos", disse.

Só houve onze outros casos na NBA em que uma equipa venceu com uma desvantagem de 3-1 e só uma vez ocorreu nas finais - em 2016, quando os Cleveland Cavaliers lutaram contra os Golden State Warriors.

Ao mesmo tempo, enquanto exige essa fome, Malone tem lembrado à sua equipa que deve manter a abordagem que a levou à sua primeira final de sempre.

"Mantenham-se no momento e, quando a bola saltar amanhã à noite, os nossos jogadores, em cada posse de bola, em cada momento do jogo, não podem estar a pensar: 'Temos de ganhar este jogo'".

"Temos de nos manter fiéis a nós próprios, confiar no que nos trouxe até aqui", disse.

"Depois do quarto jogo em Miami, toda a gente gritava: 'Só mais uma vitória'. Ei, vamos ganhar o primeiro quarto amanhã à noite. Vamos por partes. E se fizermos isso posse a posse, quarto a quarto, esperamos que quando os 48 minutos acabarem, tenhamos feito o que precisávamos de fazer."

Esta é uma mentalidade que exige cabeça fria e, felizmente para Malone, a sua estrela Luka Jokic é muito fria.

Questionado sobre a forma como ele e a equipa iriam lidar com as emoções de um jogo tão importante, Jokic foi taxativo.

"Acho que não vai ser emocional", disse o sérvio.

"Vai ser um trabalho que temos de fazer para ser feito. Acho que estamos prontos. Acho que vamos estar concentrados e prontos para começar. Vai ser um jogo que precisamos de ganhar."