Entrevista Flashscore a Rodrigo Vicentini: "Queremos inundar o Brasil com a NBA"

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Entrevista Flashscore a Rodrigo Vicentini: "Queremos inundar o Brasil com a NBA"
Rodrigo Vicentini, Head da NBA Brasil, esteve no Sports Summit com o Flashscore
Rodrigo Vicentini, Head da NBA Brasil, esteve no Sports Summit com o Flashscore
Flashscore
Miami Heat e Denver Nuggets disputam, esta sexta-feira, o jogo 4 das Finais da NBA em Miami, no Kaseya Center. Uma modalidade que tem ganho destaque internacional, nomeadamente no Brasil, onde o Head da NBA naquele país, Rodrigo Vicentini, explicou a estratégia traçada, em entrevista exclusiva ao Flashscore.

O Flashscore falou com o Head da NBA no Brasil, Rodrigo Vicentini, durante o Sports Summit, evento no Pacaembu, em São Paulo, reuniu líderes e dirigentes da indústria desportiva de todo o Mundo.

Segundo Vicentini, a estratégia da liga para aquele país é "inundar o mercado brasileiro com conteúdo da NBA". Numa pesquisa divulgada pelo Ibope Repucom em 2021, cerca de 45 milhões de brasileiros disseram ser fãs da liga norte-americana de basquetebol.

A NBA House está localizada em um shopping de São Paulo
Divulgação/NBA Brasil

Com escritório no Rio de Janeiro, nos últimos anos a liga tem investido em espaços temáticos no Brasil. Para as Finais, em São Paulo, há a NBA House, montada num shopping da capital paulista. O espaço conta com diversas ativações e a transmissão ao vivo dos jogos que decidem o campeão da temporada 2022/23. Em Gramado, a NBA foi ainda mais audaciosa e investiu num local fixo. O NBA Park é o maior espaço temático da liga em todo o mundo, com mais de 4 mil m² de área construída.

Rodrigo Vicentini também falou sobre a possibilidade de jogos da NBA no Brasil num futuro próximo. Confira a entrevista exclusiva ao Flashscore na íntegra:

- A NBA retomou os jogos internacionais nesta época regular, após a pandemia. Teve uma partida no México e uma em França. No Brasil, não há um jogo desde 2015. Existe alguma previsão disso poder voltar a acontecer?

- Já tivemos três edições daquilo eles chamam de jogos de pré-temporada, que aconteceram no Rio de Janeiro. Foram incríveis. Lembramos sempre essa questão de jogos em novas plataformas. Atualmente temos investido bem na nossa plataforma local, que se chama NBA House, mas nunca descartamos a possibilidade de termos um jogo no Brasil num futuro próximo.

Bulls e Pistons disputaram partida em Paris em janeiro de 2023
Profimedia

- Nos últimos 20 anos, vimos vários jogadores brasileiros na NBA, mas esse número diminuiu nas últimas temporadas. Isso preocupa a NBA Brasil?

- Já chegámos a ter nove jogadores brasileiros na NBA. Hoje temos dois, fora ex-jogadores ou lendas que continuam a trabalhar connosco na liga fora da quadra. Fizeram um trabalho incrível para a construção da nossa base de fãs e o crescimento da marca aqui no Brasil. Mas é uma questão de tempo para termos mais jogadores brasileiros na NBA. Recentemente, acabamos de assistir à contratação de uma jogadora brasileira na WNBA.

Siga o Miami Heat-Denver Nuggets no Flashscore

- Sobre os eventos da NBA no Brasil: existe a NBA House, em São Paulo, e o NBA Park, em Gramado. Até onde a NBA quer chegar no Brasil?

- Vemos o mercado brasileiro com ótimos olhos, é um mercado super promissor. Trouxemos a NBA House de novo aqui para o Brasil e vamos receber mais de 45 mil pessoas. Também inaugurámos o NBA Park, que é um espaço temático fixo na cidade de Gramado-RS. Tem muito mais coisas vindo por aí, mais experiências, mais produtos. Nós temos mais de três mil produtos que os brasileiros podem consumir da NBA. Vamos continuar a investir nesse mercado que é extremamente importante para nós.

Quadra padrão NBA no NBA Park, em Gramado-RS
Divulgação/NBA Park

- Em relação à estratégia, a NBA tem uma abordagem singular na sua distribuição de direitos de transmissão. Diversos canais transmitem os jogos. Como surgiu essa estratégia? Vocês têm a ambição de ampliar o espaço destinado à NBA?

- Quisemos, ao longo dos anos, inundar o mercado brasileiro com conteúdo da NBA. Seja os jogos ao vivo, seja o conteúdo que produzimos em português. Com isso, passámos a escutar muito o adepto, para entender como ele queria consumir a NBA, em que tipo de aparelho ele gostaria de assistir aos nossos jogos. Para dar esse poder ao adepto, para ele poder escolher o quê, como, onde e quando vai consumir os nossos conteúdos. No dia a dia, temos inúmeras plataformas na nossa estratégia de multidistribuição para garantir que o adepto brasileiro consegue assistir NBA em qualquer lugar do Brasil .

Miami Heat e Denver Nuggets fazem as finais da NBA nesta temporada
AFP

- Qual a relação da NBA com a NFL, que também tem crescido muito no Brasil? As ligas vêem-se como parceiras ou rivais no mercado brasileiro?

- Vivemos um momento muito bom no Brasil. Quando lemos dados de pesquisas, temos mais de 46 milhões de brasileiros que dizem ser adeptos de NBA. E estamos num território cuja “religião” é o futebol, ou seja, temos uma marca extremamente consolidada aqui no Brasil. Há um espaço ainda muito grande para continuar o crescimento.