Betis faz reviravolta emocionante para afundar Elche a quem o futebol virou costas (2-3)

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Betis faz reviravolta emocionante para afundar Elche a quem o futebol virou costas (2-3)
Badía fez uma grande exibição, travou um penálti, mas não evitou a derrota
Badía fez uma grande exibição, travou um penálti, mas não evitou a derrota
AFP
O Elche, que perdeu na última jornada diante do Espanhol no minuto 92, voltou a perder aos 93, desta vez com o Bétis, depois de conquistar uma vantagem de dois golos nos primeiros oito minutos. As mudanças de Pellegrini ao intervalo, e as expulsões de Magallán e Roco, mudaram o rumo de um encontro que afundou os caseiros. William Carvalho atuou os 90 minutos.

Quando a vida está em jogo, tens duas opções: render-te ou lutar. O Elche demonstrou ao Bétis e ao resto da Liga espanhola que escolheram a última, que enquanto tiverem um visulumbre de esperança, um pouco de fôlego, continuarão a lutar pela sobrevivência. Mas o futebol não compreende a justiça ou o romantismo. O pobre, por muito que lute, continuará a ser pobre.

Reveja aqui as incidências do encontro

Os primeiros oito minutos diante dos verdiblancos devem ser destacados. Intensidade na pressão, clareza de ideias e uma pequena dose de sorte. Que sorriu quando Tete Morente, de costas para a baliza defendida por Bravo e enquanto sía da área para procurar espaço, foi pisado involutariamente por Abner Vinicius. O brasileiro não queria, mas a falta existiu e o VAR confirmou. O sangue frio de Fidel, perante um especialista a defender penáltis como é Bravo, foi suficiente para bater à Panenka e fazer o 1-0.

Animado pelo golo e vendo que o Betis ainda não tinha subido ao relvado, Palacios pressionou no meio-campo até que Boyé aproveitou a insistência do companheiro para se fazer à bola, chegar à entrada da área e rematar. Um ano depois do seu último golo em casa, o Estádio Martínez Valero festejou um tento do argentino. Ver para crer, em oito minutos, 2-0 para o Elche. A cara dos sevilhanos era um poema. A equipa de Pellegrini demorou um quarto de hora a reagir, com um rápido contra-ataque finalizado por Ayoze Pérez e afastado por Edgar Badía.

A revolução de Pellegrini

Chateado com os seus pupilos, o técnico chileno operou três mudanças. Entraram Juan Miranda, Borja Iglesias e o eterno Joaquin. Jogada certa. As substituições mudaram a cara da equipa andaluz. Depois de um par de oportunidades e com a intensidade a subir, Magallán meteu a mão onde não devia quando era o último homem da defesa, o VAR ainda foi chamado e o vermelho acabou mesmo por sair do bolso do árbitro. Uma decisão controversa, no mínimo. Pape Cheikh saltou do banco, protestou e também viu o vermelho.

O Elche tinha que resistir meia hora com menos um. A resistência durou... cinco minutos. Tete Morente estava de cabeça perdida e derrubou Ayoze Pérez dentro da área, uma falta infantil. Nem protestou. Borja Iglesias também não na hora de escolher o lado da marca dos 11 metros e reduzir a desvantagem. 

Apenas quatro minutos depois, Juan Miranda teve espaço para o cruzamento, levantou na direção da baliza e o movimento do defesa e de Borja Iglesias traíram Badía, que ficou a ver o esférico a entrar no poste mais distante e a igualdade no marcador. A equipa da casa desmoronou... era uma questão de tempo até ao terceiro.

O técnico do Elche, Macín tentou, com homens frescos, dar uma nova esperança à equipa. Mas outra mão, desta vez de Roco dentro da área, foi castigada com nova grande penalidade. Borja Iglesias, geralmente infalível, viu a tentativa negada por uma grande defesa de Edgar Badía.

Grandes penalidades apontadas por Borja Iglesias
AFP/Opta by Stats Perform

Mas um milagre ainda é possível... dois já não. Outra mão de Roco - ou melhor, o cotovelo -, a remate de Willian José acabou em outro castigo máximo e expulsão do defesa. O brasileiro foi chamado a converter e enganou Badía para fixar a reviravolta e o resultado final, que afunda completamente os locais no fundo da tabela.

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