Cinco subidas pontuam o percurso montanhoso, que serpenteia em direção ao Mar Cantábrico em estradas frequentemente estreitas e sinuosas.

"Pode ser a vingança de ontem. A primeira parte da etapa é bastante simples. Mas o Jaizkibel é favorável aos ataques porque se situa nos últimos vinte quilómetros", explicou à AFP o diretor da prova, Thierry Gouvenou, um dia depois de uma etapa animada, ganha por Adam Yates (Emirates) à frente do seu irmão gémeo Simon (Jayco-AlUla).

Tradicional na Clasica San Sebastian, o Jaizkibel será escalado no domingo do lado oposto, numa subida bastante exigente de 8,1 km com uma inclinação média de 5,3%. "A vantagem é que a parte mais difícil está no final. E no cume estamos apenas a 16 km da meta. É provável que os companheiros de equipa do camisola amarela sofram e pode haver oportunidades para atacar", analisa Gouvenou, enquanto a UAE Emirates, composta por Tadej Pogacar e Adam Yates, já terá de trabalhar arduamente para defender a camisola amarela do ciclista britânico.

Um pequeno sprint final é um cenário plausível, com ciclistas como Wout Van Aert numa posição forte. Dois dos candidatos ao pódio, Enric Mas e Richard Carapaz, envolvidos no mesmo acidente no sábado, a cerca de vinte quilómetros da chegada a Bilbau, não vão participar.

O espanhol, líder da Movistar, não voltou a partir, enquanto Mas sofre de uma fratura na omoplata direita. O equatoriano da EF-Education terminou a etapa, mas com um quarto de hora de atraso em relação aos líderes. A sua equipa anunciou no sábado à noite que ele não participaria na 2.ª etapa, uma vez que a sua rótula esquerda está ligeiramente fraturada.