Perez, vice-campeão no ano passado atrás do companheiro de equipa Max Verstappen, somou apenas 15 pontos nas últimas seis corridas e caiu para o sexto lugar a meio do campeonato.
"É claro que ele está sob pressão. Isso é normal na Fórmula 1 e, quando se está a ter um desempenho abaixo do esperado, a pressão só aumenta", disse o chefe de equipa Christian Horner, depois de Pérez ter arrancado das boxes no Grande Prémio da Grã-Bretanha de domingo e ter terminado em 17.º lugar.
O tricampeão mundial Verstappen, vencedor de sete corridas este ano e agora com 84 pontos de vantagem sobre Lando Norris, da McLaren, ficou em segundo.
O nulo de Perez significa que a ressurgente McLaren superou a Red Bull pela quinta vez em seis corridas o que aproxima os britânicos na corrida pelo título de construtores, uma taxa que poderia trazer essa equipa para o cálculo do título. O chefe da McLaren, Zak Brown, disse no sábado passado que o desempenho de Perez poderia ser um fator chave no campeonato.
Horner disse que nada tinha corrido bem ao mexicano em Silverstone, a começar pela incursão à gravilha na qualificação, que levou o chefe de equipa a abanar a cabeça.
"Arriscámos na corrida, ele começou com o pneu duro e estava a fazer um progresso decente no início da, a chuva começou e ele estava em 15.º ou 16.º, é preciso lançar os dados nessa altura", disse Horner.
"Se a chuva tivesse começado a aumentar, ele teria sido um herói. Mas não foi o caso, por isso não o é. Depois teve uma paragem extra e a perda de tempo de estar com pneus intermédios numa pista seca estava a fazer-lhe perder muito tempo. Por isso, é óbvio que há muito para analisar no fim de semana. Ele sabe que é insustentável não estar a somar pontos", acrescentou o britânico.
"Temos de estar fazer pontos com aquele carro e ele sabe disso. Ele conhece o seu papel e o seu objetivo. Ninguém está mais ansioso do que Checo para voltar e encontrar sua forma novamente", insistiu Horner.
A Red Bull renovou o contrato de Pérez em junho, uma decisão que agora parece prematura, embora haja cláusulas de desempenho que podem ser ativadas.
"É claro que há frustração quando os dois carros não estão a trabalhar coletivamente. Perder aquele carro na Q1 (primeira qualificação) foi muito frustrante. Alguns pilotos precisam de um abraço e outros precisam de um chuto no traseiro e, às vezes, isso varia de semana para semana", acrescentou Horner.