Falando aos jornalistas antes do Grande Prémio dos Países Baixos, que provavelmente dará à Red Bull a sua 14.ª vitória consecutiva, 13 esta época, o francês disse que a Ferrari estava a dois ou três décimos de segundo ou três décimos abaixo do desempenho.
A equipa mais bem sucedida de todos os tempos está em quarto lugar no campeonato, após 12 das 22 corridas, cinco pontos atrás da Aston Martin e 56 atrás da segunda classificada Mercedes, que tem 247.
A Red Bull, com 503, está numa liga à parte e o líder do campeonato, Max Verstappen, à procura de um recorde de nona vitória consecutiva, marcou mais pontos (314) sozinho do que qualquer outra equipa.
"Há uma enorme diferença para a Mercedes em termos de pontos, mas também quando olho para a primeira parte da temporada, perdemos muitas oportunidades", disse Vasseur, que assumiu o comando em Maranello em janeiro.
"Precisamos de ser muito mais oportunistas na segunda parte da época. Precisamos de algo um pouco especial se quisermos apanhar a Mercedes (no campeonato), mas o mais importante para mim é apanhar a Mercedes em termos de ritmo", assumiu.
Vasseur considerou que a Ferrari, que não tem grandes atualizações planeadas para este fim de semana, foi mais rápida do que a Mercedes de Lewis Hamilton e George Russell em média na qualificação, mas não em ritmo de corrida.
No entanto, enfatizou que não havia pontos fracos e não achava que era necessário "desbloquear" qualquer coisa no carro.
"Estou mais convencido de que precisamos de melhorar em todo o lado do que numa única questão. Estamos a falar de décimos, não de segundos, e em algumas ocasiões mostrámos que somos capazes de lutar com a Red Bull, pelo menos na qualificação. Significa que o potencial do carro está lá e temos de perceber porque é que temos um pouco menos de desempenho na corrida e tentar melhorar nestas condições. Mas não tenho a certeza se isso vem do conceito do carro", explicou o chefe de equipa da Ferrari.
Vasseur disse que a Ferrari estava a recrutar em equipas rivais, mas que o processo estava em curso e que levaria tempo, mesmo até 2025, para que alguns dos novos contratados fossem libertados dos seus contratos existentes.
O líder dos italianos disse que não se trata de esperar por novas chegadas antes de ver qualquer melhoria e estava confiante no atual plantel da equipa.
"Precisamos de melhorar, mas podemos fazer um trabalho melhor com o que temos hoje e temos de nos concentrar em tentar tirar o melhor partido do que temos. Não é que três, cinco ou dez pessoas entrem na equipa nos próximos 18 meses e isso mude completamente a filosofia e o potencial da equipa. Não há um antes e um depois", defendeu.