A decisão será uma interpretação vinculativa do direito comunitário e, uma vez proferida, o Tribunal de Justiça Europeu remeterá o processo para o Tribunal de Comércio de Madrid.

"O futebol de clubes está à beira de uma grande mudança. Esperamos que o TJUE acabe com o monopólio da UEFA e faça valer as liberdades fundamentais da União no mundo do futebol. Os adeptos, os clubes, os jogadores e o futebol sairão a ganhar num mercado aberto a ideias e no qual os clubes podem gerir e organizar competições europeias de futebolm sem receios nem ameaças", afirmou Bernd Reichart, diretor executivo da A22, a organização que promove o conceito da Superliga.

Athanasios Rantos, advogado-geral do Tribunal de Justiça das Comunidades Europeias, no Luxemburgo, declarou, em dezembro último, que a FIFA e a UEFA têm o direito de punir os jogadores e impedir os clubes de participarem em competições não sancionadas, como a Superliga.

Os pareceres do advogado-geral refletem, frequentemente, mas nem sempre, a decisão final da Grande Secção, recorda a DPA.

O projeto inicial da competição foi liderado principalmente por Real Madrid, FC Barcelona e Juventus, mas naufragou após uma onda de críticas das federações nacionais, clubes, adeptos, bem como da UEFA e da FIFA.

Em outubro passado, os três fundadores apresentaram a sua queixa contra a UEFA ao Tribunal de Justiça Europeu, que se pronunciará a 21 de dezembro.