"Desde 1 de janeiro de 2024, foram importados para a França metropolitana 1 679 casos de dengue, contra 131 no mesmo período de 2023", declarou o diretor-geral da saúde, Grégory Emery, em conferência de imprensa.
Estes casos correspondem a pessoas que viajaram para regiões do mundo, como as Antilhas francesas, onde este vírus, transmitido por mosquitos Aedes como o tigre ("Aedes albopictus"), circula de forma endémica.
"É um reflexo do que está a acontecer nas Antilhas e, mais amplamente, na América Latina e nas Caraíbas, onde a dengue circula desde o início do ano a níveis sem precedentes", disse Caroline Semaille, directora da Santé Publique France.
Mesmo antes dos Jogos Olímpicos, previstos para 26 de julho a 11 de agosto, 2024 promete bater o recorde de casos importados de dengue na França metropolitana (2.019), graças a um maior afluxo de pessoas na capital.
As autoridades sanitárias apelaram à "vigilância e aos bons gestos para limitar a proliferação do mosquito tigre", como eliminar as águas estagnadas e evitar as picadas.
Com 3,5 milhões de casos até agora este ano, a América Latina e as Caraíbas poderão viver a sua "pior época de dengue", devido às alterações climáticas, alertou a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) no final de março.