Depois de uma boa campanha de preparação, Kenza Dali tinha grandes esperanças de ser titular na partida de estreia da França contra a Jamaica. No entanto, a menos de 48 horas do pontapé inicial, a jogadora do Aston Villa deve começar a partida no banco de suplentes, por razões táticas.
Fragilidades defensivas contra a Austrália
Depois dos três primeiros jogos de preparação, Hervé Renard pensou em começar o Mundial no esquema 4-3-3, com Sandie Toletti na defesa e Grace Geyoro e Dali no meio-campo. O jogo tende a ser jogado pela esquerda. Sakina Karchaoui, Dali e Selma Bacha constituíram um eixo de trabalho a ser aperfeiçoado até este domingo. A vitória sobre a República da Irlanda (3-0), o último ensaio antes de partir para os Antípodas, validou esta ideia.
Mas as coisas não correram bem para os franceses. Contra a anfitriã Austrália, num Estádio Marvel totalmente comprometido com a causa dos Matildas, o posicionamento da equipa foi o desejado. A falta de força na defesa, personificada por Elisa de Almeida, evidenciou as falhas no meio-campo. A defesa-central saiu ao intervalo, substituída por Estelle Cascarino, mas as Bleues sofreram demasiado e sofreram um golo na segunda parte. Isolada, Toletti foi deixada à sua própria sorte.
Diani de novo no ataque?
O 4-3-3 poderia ter sobrevivido a esta derrota, mas a lesão de Bacha no final da partida colocou em dúvida a formação preferida. Jogando no lado esquerdo, a atacante do Lyon recuou no final do jogo após a expulsão de Karchaoui aos 80 minutos. Com o problema no tornozelo, ela está fora pelo menos contra a Jamaica.
Para se tranquilizar, Hervé Renard deve optar por uma solução de reserva: o 4-4-2. O treinador quer criar um maior equilíbrio em campo para limitar o impacto das Reggae Girlz. Essa reconfiguração empurraria Dali para o banco. Amel Majri começaria na esquerda e Clara Matéo na direita, com Toletti e Geyoro no centro. No ataque, Kadidiatou Diani seria reposicionada para o ataque, apoiada por Eugénie Le Sommer. Para a futura jogadora do Lyon, a combinação com a histórica goleadora deverá trazer maior variedade nas combinações e também percussão no centro, com a possibilidade de cortar cruzamentos. É uma forma de tranquilizar as tropas, numa altura em que as lesões não poupam o plantel há vários meses.
Uma solução oportunista ou uma mudança destinada a durar contra o Brasil? A partida de estreia dos Bleus, no domingo (11:00), será repleta de lições a serem aprendidas.