Tanto em 2016/17 como em 2018, as equipas masculina e feminina entraram em conflito com a DBU e recusaram-se a disputar jogos. O presidente da DBU, Jesper Møller, quer evitar que isso aconteça desta vez.
O futebol feminino tem-se desenvolvido muito nos últimos anos, e Jesper Møller também está determinado a que este seja um dos acordos que mais precisa de ser impulsionado.
"Temos de tentar aproximar-nos de uma maior igualdade. Pelo menos na área do desporto", afirma Møller ao DR Sporten: "Vimos na Austrália (no Campeonato do Mundo) que a FIFA proporcionou um enquadramento para a seleção feminina que pude reconhecer no Catar (Campeonato do Mundo masculino), com instalações e a forma como se viaja. Precisamos de nos aproximar muito, muito mais disso".
A declaração revela que o eurodeputado se refere à área do desporto. Outros países nórdicos introduziram a igualdade de remuneração entre homens e mulheres em acordos recentes com as equipas nacionais. Na Suécia, por exemplo, existe um único acordo de equipa nacional para ambos os sexos.
O diretor da DBU, Erik Brøgger, já declarou anteriormente que gostaria de trabalhar no sentido de um acordo semelhante na Dinamarca no futuro. Mas Jesper Møller duvida que isso aconteça desta vez.
"Temos a tradição de ter dois acordos separados. Caso contrário, tanto a seleção masculina como a feminina teriam de achar que é uma boa ideia. Ainda não sei nada sobre isso. Tem de ser uma negociação", afirma ao DR Sporten.
Com base nos acordos existentes, há um longo caminho para a igualdade - especialmente a nível financeiro.
Por exemplo, cada um dos 26 jogadores da seleção nacional masculina que foram seleccionados para o Campeonato do Mundo de 2022 recebeu 120 mil euros da DBU ao abrigo do acordo de seleção nacional. Para as jogadoras da seleção feminina seleccionados para o Campeonato do Mundo de 2023, o montante foi de 1.340 euros.