Wendie Renard e Eugénie Le Sommer em fim de linha na seleção francesa

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Wendie Renard e Eugénie Le Sommer em fim de linha na seleção francesa
Eugénie Le Sommer (centro), após a eliminação da França.
Eugénie Le Sommer (centro), após a eliminação da França.AFP
Aos 33 e 34 anos, Wendie Renard e Eugénie Le Sommer provavelmente já disseram adeus ao sonho de conquistar um título mundial com as cores da seleção: as oportunidades para estas jogadoras icónicas trazerem para casa um primeiro troféu internacional para as Bleues serão poucas e distantes.

Com um ar derrotado, resultado de uma batalha implacável em Brisbane contra a Austrália nos quartos de final da Taça do Mundo, que foi para os penáltis, Le Sommer teve dificuldade em esconder a sua imensa desilusão no sábado.

"Estou revoltada. É um sentimento que não se gosta de ter", disse a maior marcadora da história das Bleues (92 golos) alguns minutos após a eliminação.

Tal como a sua capitã e companheira de equipa no Lyon, Wendie Renard, a avançada disputava o seu quarto Campeonato do Mundo na Oceânia, depois de 2011, 2015 e 2019. E, tal como Renard, estará perto dos 40 anos no próximo Campeonato do Mundo.

As duas estrelas do conjunto francês, tão valiosas durante a fase de grupos e particularmente contra o Brasil (2-1), contra quem ambas marcaram, estão a ter dificuldade em ver mais longe.

Confiança do treinador

Os Jogos Olímpicos de Paris, o próximo grande evento, estão "muito longe", admitiu Renard, que se mostrou muito desinteressada diante da imprensa.

"Acabamos de perder nos quartos-de-final, então teremos tempo para pensar sobre isso. É difícil falar sobre o que vem a seguir, porque acabamos de sair de um Campeonato do Mundo", admitiu Le Sommer.

A desilusão é tanto maior quanto o novo treinador Hervé Renard lhes tinha confiado as chaves da equipa, elogiando estas duas experientes jogadoras.

Wendie Renard é "a jogadora mais importante do balneário", disse ele durante o torneio. Quanto a Le Sommer, vice-capitã, "ela não tem igual na área", segundo o treinador gaulês.

Será que estes sinais de confiança são susceptíveis de dar um impulso às duas jogadoras antes dos próximos torneios? Os Jogos Olímpicos no próximo verão, seguidos da Euro 2025 na Suíça, são possíveis competições para Renard e Le Sommer.

Questionada sobre o seu futuro com a seleção, a atacante confirmou timidamente que "ainda não acabou": "Os Jogos Olímpicos estão a chegar, vamos ver", respondeu com simplicidade.

A defesa, por seu lado, garantiu que a sua equipa "vai voltar mais forte": "Construímos algo. A história acaba aqui para nós esta noite, na Austrália, mas acho que temos de a construir para o futuro", disse Renard.

Qual o papel de Le Sommer?

Aos 33 anos, Renard deve manter a vaga de titular no eixo central do Lyon, apesar do esperado regresso da companheira Griedge Mbock. Mas as contratações do Lyon ainda não terminaram.

Le Sommer, por outro lado, deve ser prejudicada pela concorrência, ainda mais do que na temporada passada, quando não era mais titular, longe disso.

A chegada da sua compatriota Kadidiatou Diani dificultou ainda mais as perspectivas da número nove, que já tem problemas no clube com Ada Hegerberg, a primeira vencedora da Bola de Ouro.

Além disso, a ascensão meteórica de Vicki Becho (19 anos), que se destacou na Austrália, não ajudou em nada. No lado das Bleues, Delphine Cascarino também deve regressar durante a temporada, assim como Marie-Antoinette Katoto, que está prestes a voltar às competições. Essas duas jogadoras serão fundamentais no ataque se estiverem em plena forma.

Será que Le Sommer conseguirá trilhar o seu próprio caminho rumo aos Jogos, ou mesmo aceitar um papel de substituta?

"Foi ótimo vivenciar essa competição entre nós e com a comissão técnica, e espero que tenhamos construído uma boa base para o futuro", disse ela. Para ela, o ouro olímpico em casa seria o melhor final.