Em entrevista à FRF.tv, o selecionador romeno deu uma visão detalhada dos jogos cruciais contra Israel e Suíça. Sublinhou que o foco principal está no jogo decisivo na Hungria, crucial para a qualificação para o Euro-2024, mas garantiu que a equipa está pronta para conseguir a qualificação mesmo na Arena Nacional, no duelo com a Suíça.
Além disso, Edi Iordănescu revelou os critérios por detrás da seleção para estes jogos e partilhou o porquê de acreditar que é um treinador com sorte.
"O nosso foco está no jogo na Hungria, é um jogo decisivo para a qualificação para o Euro. Mas também estamos prontos para nos qualificarmos na Arena Națională contra a Suíça", disse Iordănescu.
"Pode ser um jogo de tudo ou nada"
"É um jogo decisivo e não podemos fugir à realidade. A verdade é que tornámos este jogo decisivo, merecemos esta oportunidade, através de tudo o que fizemos nesta campanha, em cada jogo, em cada minuto. É um momento que procurámos e esperámos e aqui estamos nós. Pode certamente ser um jogo de tudo ou nada. Quando se chega à última ação dependendo de um resultado, não é propriamente confortável. Isso torna a pressão imensa, a vontade fantástica, um jogo com uma grande carga emocional, mas o grupo está pronto", afirmou o treinador.
"Não tenho de justificar publicamente a seleção"
"Temos de nos preparar para o que quer que aconteça, Israel joga dois jogos antes de nós e pode levar-nos a qualquer situação, quer um ponto seja suficiente para nós ou não, no jogo com Israel. E a abordagem à seleção é agora um pouco diferente. Convocámos um maior número de jogadores do que estamos habituados, precisamente para termos soluções e sermos capazes de reagir em qualquer cenário", acrescentou Edi Iordănescu.
O selecionador da Roménia sublinhou a importância do princípio da continuidade na seleção. Apesar dos apelos do mundo do futebol, para incluir no plantel jogadores como Aurelian Chițu, do FCU Craiova, o treinador sublinhou que manter a continuidade na equipa é fundamental para o seu sucesso.
"Não tenho de justificar publicamente a seleção, tenho de justificar o resultado. Se os resultados nos colocaram nesta posição, com boas hipóteses de qualificação, significa que a seleção foi boa. É claro que toda a gente tem opiniões e tem direito a ter opiniões. São coisas normais. Mantive-me fiel a certos princípios: antes de mais, queria continuidade. Sempre disse: a campanha é curta e não podemos fazer experiências. No passado, quando nos concentrávamos mais na forma e mudávamos 10-12 jogadores de uma ação para a outra, as pessoas diziam: porque não dar continuidade, criar homogeneidade... Agora, se optámos pela continuidade, falamos mais da forma temporária de alguns jogadores", acrescentou Edi Iordănescu.