Jesús Navas sabe que já não lhe restam muitas temporadas na primeira divisão e está a aproveitar cada momento "ao máximo". Apesar de estar a aproximar-se dos quarenta anos, Luis de la Fuente continua a demonstrar que prefere esconder a data de nascimento quando se trata de escolher. Na mesma equipa estão Lamine Yamal, um adolescente que ainda não atingiu a maioridade, e o veterano jogador do Sevilha, que poderia muito bem ser o seu pai.
Recorde as principais incidências da partida
Na quinta-feira, 16 de novembro, na vitória sobre o Chipre (3-1) nas eliminatórias para o Campeonato da Europa, fez a sua 50.ª aparição pela Espanha. "É incrível tudo o que conquistei com a seleção e cada momento, como chegar a este número, é único. Quero continuar a desfrutar e estou ansioso por alcançar mais êxitos. É algo de que me devo orgulhar", disse o antigo jogador do Manchester City à RFEF.
O ala estreou-se em 2009, contra a Argentina, no demolido Vicente Calderón, quando ainda era um miúdo. "Foi algo muito especial. Estava a lutar há muito tempo para lá chegar.... Gostei muito daquele jogo, no qual também conseguimos a vitória", disse. Navas certamente não esquecerá esse dia importante, aquele que inaugurou uma carreira que tem mais de uma década. "É o que se sonha quando se quer ser jogador de futebol,poder defender o seu país e dar tudo de si".
"Lembro-me de Reyes e Puerta"
Também recorda que nessa altura havia Sergio Ramos, Iker Casillas e, entre outros, Andrés Iniesta. Se há algo que se mantém como antes, explica, é a sua atitude em campo: "Tento manter-me concentrado no jogo. Uma hora e meia antes já estou a mexer-me. Gosto de estar ativo, de me movimentar no balneário, de estar concentrado e de dar o máximo. E, se possível, com o número 22. "Sempre gostei dele, é um número de que gosto e com que comecei. Gostei dele no Campeonato do Mundo e ganhámos. Tem-me dado sorte e tenho continuado a ganhar títulos", justifica.
O lateral, que recebeu uma camisola comemorativa para celebrar o feito, recorda as suas origens: "Lembro-me dos meus avós, que sempre me levaram ao futebol e sempre me apoiaram. O meu avô não pode estar connosco, mas do céu acompanha-nos. E recordo José Antonio Reyes, Antonio Puerta e todos aqueles que estiveram connosco e que teremos sempre no coração. E toda a minha família, que sempre me apoiou em todos os momentos. Também é para eles".